Dia 6 de janeiro de 1935. Circulava a primeira edição de "O Diário de Piracicaba". Em foto que reproduz sua capa, pertencente ao Instituto Martha Watts, vemos uma apresentação simples, com um pequeno editorial à esquerda, canto superior, publicidade do Banco do Brasil do outro lado e largos espaços em branco com publicidade sobre a marca Philco. A publicidade destacava os representantes exclusivos "nesta zona", ou seja "A Musical" de Pousa Godinho & Irmão, cujo estabelecimento comercial ficava na rua Moraes Barros n°. 125.
A apresentação situada à esquerda, canto inferir, relata :
"Surgindo para a publicidade, o DIÁRIO DE PIRACICABA reitéra o que proclamam os boletins em que se annunciou o seu apparecimento: - é um orgam independente e sem matiz partidario. Accrescenta, embora se lhe afigure superfluo, e possa parecer a trivial repetição formalística de uma velha chapa, que vem trabalhar pelo interesse público em geral e, particularmente, pelo da terra que lhe dá o nome.
Os recursos do DIARIO DE PIRACICABA são e serão, exclusivamente, os que lhe possam oferecer os seus proprietarios, e os provindos da ajuda de seus annunciantes e assignantes - o que constitue, de certo, condição essencial da sua vida, tal como lhe traçou o rumo. Esta independencia, dando-lhe liberdade de opinião, seja em que terreno fôr, lhe permittirá manter-se como de seu intransigente proposito, rigososamente equidistante dos partidos políticos, quer municipaes, estaduaes ou nacionaes, de modo a tratai-os com imparcialidade e justiça, observando-lhes a actividade pelo mesmo prisma e joeirando-lhes os feitos pelo mesmo crivo.
Excusando dizer, em seguida a isto, que, inconfundíveis os conceitos de imparcialidade e da neutralidade, o DIARIO DE PIRACICABA, sem jamais abandonar a primeira, não cahirá nesta última, pois tanto se equivaleria á renúncia de seu direito de crítica, que tem por inauferível e, sobretudo, indispensavel na imprensa.
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