Johann Jakob von Tschudi (acima), naturalista e explorador suíço, visitou Piracicaba em 1860, segundo o livro "Manual de História Piracicabana", escrito pelo professor Guilherme Vitti no ano de 1967.Veio conhecer Piracicaba e espantou-se com a disposição dos quarteirões na cidade que se expandia a partir do Rio. Tschudi nasceu em Glarus (Suíça), e estudou ciências naturais e medicina nas universidades de Neuchâtel, Leiden e París. Em 1838, viajou ao Peru, onde permaneceu durante cinco anos, explorando e colecionando plantas nos Andes.
Fac-símile da publicação “Reisen durch Südamerika”, de Johann Jakob von Tschudi. Editora F.A. Brockhaus, 1868
Entre 1857 e 1859 visitou o Brasil e outros países da América do Sul. Em 1860, era o embaixador suíço designado no Brasil, permanecendo até 1868, quando se dedicou a explorar o meio rural e a colecionar para os museus de Neuchâtel, Glarus e Friburgo.
Em Piracicaba, ele escreveu "é uma cidadezinha com o aspetco de extensa aldeia, com muitas casas espalhadas. Quando perto, porém, a povoação é cerrada, moldurada por uma série de risonhas casas de campo, no meio de magníficos laranjais e bananais".
Piracicaba possuía 20 mil habitantes, sendo que apenas 4 mil residiam na cidade. Criticou muito a arquitetura de Piracicaba. Nas anotações, deixou claro a preocupação em criar um hospital, que seria depois a Santa Casa local. Em suas anotações, afirmava que a cidade era um entreposto do sal vindo de Santos, usado por lá para salgar peixes e por aqui para alimentar gado. Visitou também o cemitério local, situado nos idos de 1860 na atual praça Tibiriçá, onde fica a Escola Moraes Barros, mais precisamente na rua Alferes José Caetano, entre as ruas Voluntários de Piracicaba e Treze de Maio. (foto abaixo).
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