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sábado, 30 de junho de 2012

Soldado da Lei


A foto reproduz cartaz dado às famílias, em 1932, que tiveram seus membros voluntariados para a Revolução Constitucionalista, que ocorreu de julho a outubro daquele ano, causando a morte de pouco mais de 900 combatentes. Cabe lembrar que voluntários não foram apenas aqueles que combateram no front, mas também as enfermeiras que partiram para regiões consideradas estratégicas, e pessoas que ficaram em suas cidades confeccionando uniformes e ajudando na produção de materiais usados pelos revolucionários. Na semana passada, faleceu Antonietta Marozzi Righetto, com 94 anos anos. Esta foi uma das "voluntários de Piracicaba", sendo que aqui foi uma das líderes na equipe que confeccionava fardas para os combatentes. Com sua ida, restaram apenas três pessoas de Piracicaba que participaram da Revolução Constitucionalista ainda vivas: Romeu Gomes de Oliveira, Iscar Antonio Bresson, Luiz Avelino e Armando Ferreira Alves.(Edson Rontani Júnior)

terça-feira, 26 de junho de 2012

Chuva no Dom Bosco



A comunidade piracicabana assiste à apresentação de equipe masculina do Colégio Dom Bosco, de Piracicaba. Foto dos anos 1960. Mesmo debaixo de chuva, munidos de seus guarda-chuvas, familiares e comunidade prestigiaram a apresentação.


sexta-feira, 22 de junho de 2012

Homenagem a Dona Mariinha


Sérgio Torres aparece ao lado de sua tia-avó Maria Celestina Teixeira Mendes Torres, a dona Mariinha, em foto tirada no final de maio, na Caso de Repouso, bairro Taquaral, cidade de Campinas, quando lhe foi entregue o Diploma MMDC. Prestes a completar 102 anos de vida, Piracicaba tem uma grande dívida com ela. Mariinha é filha de Octávio Teixeira Mendes, uma dos 14 descendentes que Octávio teve com a esposa Leonina Marques. Professora de profissão, foi uma das "Voluntárias de Piracicaba" na Revolução de 1932, atuando com o pai e quatro irmãos no front de batalha.Foi enfermeira dos combatentes no Vale do Paraíba. Ao seu pai dá-se o crédito da criação da "matraca", máquina que imitava o tiro de metalhadoras, utilizada pelos combatentes paulistas para assustar as forças federais, devido à precariedade bélica dos revolucionários. (Edson Rontani Júnior)

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O Diário de Piracicaba


Tirei esses slides (isso mesmo, slide em máquina comum) em 1988, durante um trabalho realizado para a graduação de jornalismo na Unimep. Como as aulas eram noturnas, saímos de uma das disciplinas e nos dirigimos ao "O Diário de Piracicaba", que ficava na rua São José, entre a rua Governador Pedro de Toledo e a praça José Bonifácio. Na época, Alfredo Barbara Neto era o editor responsável. Nesta época fui colaborador com matérias sobre cinema, destacando os filmes que passavam nas duas redes de cinema da cidade, a do Francisco Andia no Centro (Rivoli e Tiffany) e do Grupo Paris (Cine Center, duas salas no Shopping Center Piracicaba). "O Diário" foi uma importante ferramenta da comunicação local, principalmente pelo fator contestador existente através do grande amigo Cecílio Elias Neto. Me lembro dos casos do "catetos que viraram churrasco no Zoológico Municipal", da ameaça de morte que Cecílio sofreu e se prostou em frente à Rádio Difusora esperando pelo ameaçador, da cobertura da retirada do Mausoléu do Soldado Constitucionalista com João Herrmann Netto dirigindo um trator e ameaçado manifestantes ... Foram tantas matérias que me entusiasmaram a seguir a profissão de jornalista anos mais tarde. Um grande legado ! (Edson Rontani Júnior)

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Carta de despedida


"Não se preocupe commigo, porque não me falta nada". Assim inicia carta de 21 de agosto de 1932 escrita por Natal Meira Barros, jovem de 17 anos, que foi um dos "Voluntários de Piracicaba", na Revolução de 32. A carta era endereçada à sua mãe Bianca. Quando o fervor pelas armas contra o governo Getúlio Vargas tomou conta do Estado de São Paulo, Natal fugiu de casa para ir ao campo de batalha. Foi resgatado pelo pai, Josué, na mesma noite. Na segunda fuga de casa, não retornou mais. Partiu para São Paulo dirigindo-se a cidade de Silveiras, próximo ao estado do Rio de Janeiro. Seis dias após escrever esta carta, ao caminhar para desbancar uma trincheira, é atingido no pescoço por tiros da Força Pública do Pernambuco. Falece em seguida devido à hemorragia. Foi o mais moço combatente a falecer no front paulista. Leia sua última carta, clicando aqui. (Edson Rontani Júnior)

sábado, 9 de junho de 2012

Os Voluntários de Piracicaba

Octávio Teixeira Mendes aparece nesta foto, ao lado esquerdo encostado a um jipe, durante a Revolução de 1932. A foto tem ignorada sua autoria, assim como data real e localidade, bem como as demais pessoas que nela aparecem. Mendes teve importante contribuição para a entrada de Piracicaba na revolta contra o governo Getúlio Vargas. Ele e cinco filhos se alistaram no Batalhão Piracicabano. Os "Voluntários de Piracicaba" tiveram sem seu primeiro batalhão cerca de 600 homens. Estes partiram no dia 16 de julho de 1932, saindo às 14h50 em trem especial da Estrada de Ferro Paulista. O Batalhão é abrigado em São Paulo no  quartel de Quitaúna, supervisionado pelo General Bertholdo Klinger. Octávio Teixeira Mendes, diante da limitação das armas paulistas, inventa a "catraca", que passará a ser conhecida como "matraca", que imitava tiros de metralhadora. com grande poder de fogo. (Edson Rontani Júnior)

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Tribuna relembra Revolução de 1932


A "Tribuna Piracicabana" publica, a partir da edição deste sábado, fotos que relembram a Revolução Constitucionalista de 1932, movimento civil que mobilizou a sociedade paulista contra a ditadura instalada pelo governo do presidente Getúlio Vagas. A intenção é lembrar os 80 anos da Revolução, cuja data máxima é comemorada em 9 de julho, feriado estadual. Será feita a publicação semanal de uma foto e um comentário destacando o papel dos “Voluntários de Piracicaba” neste levante. As fotos poderão lidas na coluna “A Foto e a História”, assinada pelo jornalista Edson Rontani Júnior, cuja publicação ocorre aos sábados. De hoje até 7 de julho, um fato marcante destacando a presença de piracicabanos será detalhado. A iniciativa surgiu após contato com o Núcleo de Correspondência Sociedade Veteranos de 1932 de Piracicaba, presidido pelo Egydio João Tisiani.


Edson Rontani Júnior, autor da coluna, e Egyidio Tisiani, presidente do Núcleo M.M.D.C. de Piracicaba


quinta-feira, 7 de junho de 2012

Benção milagrosa


O “padre” Jorge aparece ao lado do comendador Humberto D’Abronzo, então presidente do E. C. XV de Novembro, durante missa de louvor realizada na Matriz Imaculada Conceição no dia 16 de janeiro de 1968. O pároco abençoava os jogadores do “Nhô Quim”, que, um dia depois, jogaram contra o Brangantino, no Pacaembu, em São Paulo. O time piracicabano venceu, naquela partida, e sagrou-se campeão da Lei do Acesso de 1967, oportunidade em que subiu para a Série Especial do futebol paulista. Voltava, então, a jogar com os principais times do estado de São Paulo chegando a vice-campeão paulista em 1976. A foto foi tirada por Cícero Correa dos Santos. (Edson Rontani Júnior)

terça-feira, 5 de junho de 2012

Armando Dedini no Museu




Museu – Em visita ao Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes deparei-me com as fotos que ilustram esta coluna. Integra uma série de painéis montados próximo ao auditório do local. Nela, aparece Armando Dedini, filho do comendador Mário Dedini. Foi tirada nos anos de 1950 e mostra sua paixão pela pesca e caça, comum naquela época. O interessante é ver o tamanho do peixe que aparece ao seu lado. Eram peixes com 100 quilos ou mais de peso, sendo alguns pescados no Rio Piracicaba quando ainda era habitado por surubins e dourados. Imagens que impressionam para um rio que hoje tem peixes de pequeno porte como lambari, mandis e cascudos. (Edson Rontani Júnior)

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Bambuzal na entrada do Engenho Central



A Av. Maurice Allain possuía esse aspecto nos anos de 19l0. Essa era a entrada do Engenho Central pertencente na época à Société Sucreries Brésiliennes. O Engenho foi fundado em 1880 chegando a ser um dos mais importantes do país. Hoje é um grande centro de lazer e de cultura. Em 1916, produzia 400 mil arrobas (110 mil sacas) de açúcar, através de oito caldeiras da marca Fives-Lille. Em anexo, o Engenho tinha um canavial que ocupava 1.500 hectares sendo produzidos por ano 600 mil litros de álcool. Compunham a mão de obra do local 5 mil pessoas e 740 cavalos. A Sucreries, dirigida então por Holger Jensen Kock, possuía ainda os Engenhos de Raffard, Porto Feliz e Lorena. (Edson Rontani Júnior)