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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Adelaide de Moraes Barros


Adelaide Benvinda da Silva Gordo ou Adelaide de Moraes Barros. Foi esposa de Prudente de Moraes, primeiro presidente civil da República Brasileira, nascendo em Santos em 1845 e falecendo em Berlim (Alemanha) em 1911. Foi a primeira-dama do país entre 1894 e 1898. Vinha de uma família de ricos produtores de café em Santos e descendia de aristocratas e monarcas europeus. Casou-se aos 22 anos com Prudente. Sua irmã gêmea, Maria Inês, casou-se no mesmo dia com o senador Manuel de Morais Barros, irmão de Prudente. Buscou em Berlim um tratamento médico que píorou seu estado de saúde. Apesar de ter morrido em solo europeu, seu corpo está sepultado no Cemitério da Saudade, Piracicaba. (Edson Rontani Jr.)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Presépios no Museu


Referência cristã comum nesta época, os presépios personificam a família de Jesus Cristo, com sua mãe Maria, seu pai o carpinteiro José e o menino que representaria o homem de Nazaré. Algumas vezes traz os três reis magos e coadjuvantes como a vaca, a mula, um pastor e ovelhas. A história conta que o primeiro presépio foi montado do São Francisco de Assis em 1223, encenando o nascimento com peças reais, inclusive com animais. Durante o Renascimento foi uma peça clássica da nobreza. A foto acima representa um dos presépios expostos no Museu Histórico Prudente de Moraes, de autoria do artista Plástico Osvair Peron, que utilizou-se de papel, aramado e argila, entre outros materiais, para expor sua visão sobre o nascimento de Cristo. Visite até o dia 6 de janeiro. A todos, um bom Natal ! Veja mais curiosidades no blog http://fotoeahistoria.blogspot.com. (Edson Rontani Júnior)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Piracicaba colorida


Saudade de uma época em que as famílias piracicabanas iam à rua Governador Pedro de Toledo "olhar as vitrines". Isto foi lá pelos idos da década de 1970, quando as vitrines eram atrativos do comércio local. As famiílias saiam de casa no domingo a noite e se extasiar com as lugar e a criatividade dos vitrinistas. Hoje, passando pela Governador fora do horário comercial vemos somente portões de cor chumbo, acabando com uma tradição que traz saudade a quem viveu este período citado. Nos anos 80 e 90 os enfeitos que atravessavam de uma calçada à outra voltaram a atrair as vistas dos consumidores. Foi outra tradição deixada ao lado. Desde a década passada, a moda é enfeitar com luzes locais como a Ponte Pênsil ou a Esalq cujo prédio principal aqui aparece ao fundo do Coral de Esalq em foto tirada em 2005. (Edson Rontani Júnior)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Curiosidades em bares e restaurantes


Bares, restaurantes e supermercados expõem muitas fotos antigas de Piracicaba, como esta encontrada dias atrás num dos restaurantes situados à rua do Porto, margem esquerda do Rio Piracicaba. Muitas empresas procuram, através desta imagem, mostrar uma certa identidade com a cidade. A foto acima mostra uma das cheias do Rio Piracicaba, alagando a região ribeirinha que hoje é importante centro gastronômico do município. Por os bon-vivant, além da boa comida, um momento para refletir sobre o futuro de Piracicaba. (Edson Rontani Júnior)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Desfile no centro de Piracicaba


Foto dos anos 40 naquilo que parece ser o trecho da rua XV de Novembro entre Governador e Boa Morte. Sem qualquer identificação, a não ser da faixa presa de um lado ao outro das calçadas, vendo membros de alguma corporação da força pública de então. Na faixa lê-se "A Câmara Municipal apresenta boas vindas ao digno governador do Estado de São Paulo e sua ilustre comitiva". (Edson Rontani Júnior)

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Me desculpe ...


Charge publicada por volta de 1992 em "A Tribuna Piracicabana", de autoria de Edson Rontani. As charges sempre ocuparam uma posição de interesse nos jornais ao redor do mundo. Criticam comportamentos, satirizam personalidades e servem para desestressar o leitor cercado de notícias ruins. As chages atuam como complemento à uma situação e remontam o jornalismo mais clássico, tendo migrado para a televisão e para a internet. O desenho acima, feito todo em nanquim, é o modelo da contemporaneidade gráfica. Ao longo de seus 40 anos como chargista, Rontani publicou nos principais veículos impressos da cidade. (Edson Rontani Júnior)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Comemorações do bicentenário de Piracicaba - 1967


Registro fotográfico, pertencente ao arquivo da escritora Ivana de França Negri, mostrando as comemorações do bicentenário de Piracicaba, ocorridas em agosto de 1967. Desta feita, nota-se solenidade realizada no Clube Coronel Barbosa com a condecoração da Miss Bicentenário. Nas fotos, presenças do futuro prefeito Nélio Ferraz de Arruda, do deputado Coelhinho, do prefeito Luciano Guidotti e do governador Abreu Sodré, entre outras personalidades. (Edson Rontani Júnior)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Mais uma de Os Cambitos


Muito antes do termo "cover" existir, "Os Cambitos" já lançavam moda. Nesta foto, tirada em 1967 e pertencente ao valioso acervo da escritora Ivana Negri, os rapazes que cantavam em bailes e animavam os "brotos" em plena época da Jovem Guarda e dos Beatles. O nome foi dado pelo pai de um dos membros, devido às suas pernas finas que eram motivos de sátiras. Leia mais referência neste blog através do PESQUISAR no canto superior. (Edson Rontani Jr.)

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Visconde do Rio Branco




José Maria Paranhos em foto tirada no final do século XIX, quando ostentava o título de visconde do Rio Branco. Primeiro e único visconde do Rio Branco, (Salvador, 16 de março de 1819 — Rio de Janeiro, 1 de novembro de 1880) foi um estadista, professor, político, jornalista, diplomata e monarquista brasileiro. É considerado ao lado de Honório Hermeto Carneiro Leão, marquês de Paraná, o maior estadista do Segundo Reinado (1831-1889). Seu filho foi um diplomata importante do Brasil e ministro das relações exteriores durante o mandato de quatro presidentes da república. Foi homenageado com o primeiro Grupo Escolar de Piracicaba, em 1915, três anos após falecer, quando a escola completava seus 20 anos de construção. O Grupo Barão do Rio Branco foi uma das primeiras obras do governo estadual em prol da educação piracicabana. (Edson Rontani Júnior)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Jardim da Cerveja



Ponto de encontro da elite piracicabana na segunda metade dos anos 1960, o "Jardim da Cerveja" foi um grande empreendimento que movimentou a gastronomia local. As fotos, foram tiradas neste restaurante, durante as solenidades do bicentenário da "Noiva da Colina" e pertencem ao álbum particular da escritora Ivana França de Negri.  As principais comemorações, posses e eventos eram realizados no "Jardim". (Edson Rontani Júnior)

sexta-feira, 21 de outubro de 2011



Embrião da cidade de Águas de São Pedro em foto tirada no ano de 1935. A foto mostra a empresa Águas Sulfídricas de São Pedro S/A, erigida após o fracasso pela busca de petróleo na vizinha cidade. Representantes do governo estadual fizeram sua visita para conhecer o projeto da cidade prometida, na ocasião, como cidade de veraneio.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ademar de Barros em Águas de São Pedro


Foto de 1939, na qual aparece o governador Ademar de Barros (terno e chapéu pretos) ao lado de Octávio Moura Andrade, observando maquete do que seria a cidade de Águas de São Pedro. A cidade era rota dos Bandeirantes que partiam de Itu com destino a Araraquara, naquilo que era denominado na época como Caminho do Picadão. A estância de Águas de São Pedro foi fundada a 25 de julho de 1934, por Octavio Moura Andrade, quando da inauguração do Grande Hotel (hoje Grande Hotel São Pedro de propriedade do SENAC). O Governo do Estado criou, em 19 de junho de 1940, a Estância Hidromineral e Climática de Águas de São Pedro. O município de Águas de São Pedro foi criado pela Lei Estadual nº 233, de 24 de dezembro de 1948, emancipando-se de São Pedro. A instalação oficial ocorreu 2 de abril de 1949. (Edson Rontani Jr.)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Outra dos "Cambitos"



Os jovens da foto também pensaram em mudar o mundo. Assim como pretendiam os Beatles. O tempo passou e ficou a nostalgia. Se o mundo sofreu influencia deles, a história é outra. José Roberto Rebello, Manoel Sampaio de Mattos Filho, Abdo Maluf Germano e Arthur Rebocho formaram, em junho de 1966 (época da foto, de autoria de Cícero Correa dos Santos), o conjunto Os Cambitos, uma espécie de Beatles cover para animar clubes, bailes, formaturas e os tradicionais bailes de debutantes. Todos eram estudantes do segundo ano do científico do Sud Menucci. Era época da Jovem Guarda na qual muitos conjuntos brasileiros escolhiam nomes em inglês para conseguir um espaço no mercado. Já os “cambitos“ do grupo foi escolhido devido às pernas finas dos seus componentes. A foto foi cedida pela escritora Ivana Maria de Negri França. Um importante legado sobre os bailes de Piracicaba, em especial aqueles realizados no Clube Coronel Barbosa, é o livro “Noites de Pira – O Sonho da Boemia Piracicabana nos Anos 1960-1970” de autoria de Francisco Ferreira “Birimbau”, lançado em 2005 pela editora Komedi.  (Edson Rontani Júnior)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011


Qualidade do ensino na visão do artista Edson Rontani em nanquim feito no ano de 1976, publicado em veículo de comunicação de Piracicaba. A arte, apesar de seus quase 40 anos, sempre esteve atual refletindo a degradação do ensino no país. (Edson Rontani Júnior)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Desfile pelo centro de Piracicaba

Foto de autoria desconhecida dos anos 1940 numa das ruas planas centrais de Piracicaba, pela qual passava o bonde, um dos principais meios de transporte da ocasião. Sabe-se apenas que era um desfile dos calouros da ESALQ que iniciavam a graduação nesta importante instituição de ensino do interior brasileiro. (Edson Rontani Júnior)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Ainda o bicentenário ...


Ainda as festividades dos 200 anos de fundação de Piracicaba. Registro fotográfico de 1967 do álbum particular da escritora Ivana de Negri França. Vemos algumas ruas de Piracicaba e parte da Praça José Bonifácio, todas ornadas com belos aparatos que enchiam os olhos da cidade, considerada uma das mais promissoras do país. Até a cidade de São Carlos saudava os piracicabanos. (Edson Rontani Júnior)

sábado, 10 de setembro de 2011

200 anos de Piracicaba - Governador x Prudente



Sequência de fotos de álbum particular da escritora Ivana de Negri França, tiradas em agosto de 1967 quando Piracicaba completava seus 200 anos de fundação. Registro de uma das esquinas importante do comércio local envolvendo as ruas Governador Pedro de Toledo e Prudente de Moraes. Nota-se a presença do do Clube Cristóvão Colombo, uma homenagem da cidade de Limeira, a empresa Irmãos Petrocelli e a divulgação da I EXFINUPI, exposição de selos e cédulas.  (Edson Rontani Júnior)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Marco do Bicentenário


No mês de aniversário da "Noiva da Colina", uma foto tirada em 1967, ano em que foi inaugurado o Marco do Bicentenário de Piracicaba. Está inserido na área envoltória da Casa do Povoador, local denominado Praça Júlio Chrisóstomo do Nascimento. Tombada CONDEPHAAT, de autoria de João Chaddad, Walter Naime e Guidi.Traz esta inscrição 
“Glória ao seu fundador, e
Capitão Povoador Antônio Corrêa Barbosa, e, honra às bravas gerações que povoaram terras piracicabanas, nos seus dois séculos de lutas e conquistas - extraordinária colméia humana, cujo trabalho dignificante, acalentado pela crença, pelo amor e pelo civismo. Vale por uma decidida afirmação de fé nos destinos da grande pátria comum, uma e indivisível.Piracicaba, 1° de agosto de 1967”.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Mais uma do bicentenário de Piracicaba

Outra importante colaboração da escritora Ivana de Negri França, que aniversariou esta semana. Foto de 1967, durante comemoração do bicenternário de Piracicaba tirada no saudoso Jardim da Cerveja, importante centro de encontro da sociedade local nos anos 60. Abreu Sodré segura uma imensa caneca com Luciano Guidotti sentado ao seu lado. Registro de uma Piracicaba pequena e feliz. (Edson Rontani Júnior)

domingo, 7 de agosto de 2011

Comemoração dos 200 anos de Piracicaba


Foto comemorativa aos 200 anos de Piracicaba. tirada em agosto de 1967, durante lançamento de quadro publicitário que enaltecia o salto do Rio Piracicaba. Aparecem na foto, o prefeito Luciano Guidotti, o governador Abreu Sodré, o Ministro do Senegal (sentado), Hugo Leme e Sizeno Sarmento. Foto do arquivo da escritora Ivana de Negri França. (Edson Rontani Júnior)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Primeiro ano do blog A FOTO E A HISTÓRIA


Obrigado a todos que acompanham o blog "A Foto e a História", que busca resgatar a história, os valores, a identidade de Piracicaba. Neste 1° de agosto de 2011, estamos completando nosso primeiro ano de edição virtual, após quatro anos de publicação (todo sábado) nas páginas de "A Tribuna Piracicabana". O resgate cultural de Piracicaba nos concedeu o Prêmio Garcia Netto de Jornalismo - Categoria Documentário Jornalístico em 2009. Obrigado às pessoas que colocaram nossas postagem nas quase 13 mil visualizações neste ano.
Na foto, nosso intrépido blogueiro, sempre pesquisando os velhos alfarrábios do Mar Morto e do Mar Egeu buscando minuciosamente o lugar em que o "peixe pára", mesmo que seja num rio seco pela chuva que não cai há quase dois meses na região.
Parabéns, Piracicaba, pelos seus 244 anos. Obrigado gente pela acolhida neste blog !

quinta-feira, 28 de julho de 2011

XV recebe o Coringão



No início da década de 1990, o extinto "O Diário de Piracicaba" publicava em sua página inicial a charge aqui reproduzida. O "Nhô Quim", esperava, no telhado do Barão um convidado especial. O Corinthians enfrentaria o alvinegro local e o matuto mascote piracicabano esperava para jogar um balde de água fria no mosqueteiro. Esta e outras charges do "Nhô Quim", podem ser vistar na exposição "Alma Piracicabana", até o próximo dia 5 no Museu Prudente de Moraes, com entrada gratuita e visitações (inclusive sábado e domingo) das 9 às 17 horas. (Edson Rontani Júnior)

sábado, 23 de julho de 2011

Edson Rontani e Jairo Mattos

Registro fotográfico de alguma época dos anos de 1960. Edson Rontani e Jairo Ribeiro de Mattos num dos salões de belas artes da cidade. Sabe-se que a foto foi tirada na Pinacoteca Municipal. Diante de ambos, dois bustos. Um retratando Edson Rontani e outro Jesus Cristo. O busto de Rontani foi criado pelas habilidosas mãos de Jairo Mattos, grande artista plástico e deputado estadual na segunda metade dos anos de 1970. O busto original pode ser visto na exposição "Alma Piracicabana", no Museu Prudente de Moraes, que funciona neste sábado e domingo das 9 às 17 horas. A exposição conta com a realização da Prefeitura Municipal, Ação Cultural e Museu Prudente de Moraes, além do apoio cultural da Acipi, Simespi, Unimed, Nhô Quim Pneus e Honda Aversa. Veja mais detalhes no blog http://edsonrontani.blogspot.com.br. (Edson Rontani Júnior)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Bolo dos 200 anos



Piracicaba em polvorosa no dia 1º de agosto de 1967, quando o município completava seus 200 anos de fundação. Em foto muito bem conservada pela escritora Ivana de Negri França, o prefeito Luciano Guidotti aparece à direita, junto à autoridades, dentre elas o governador Abreu Sodré, fazendo o primeiro corte num imenso bolo em homenagem à “Noiva da Colina”. Piracicaba foi considerada, naquela ocasião, a cidade mais promissora do interior brasileiro. (Edson Rontani Júnior)

sábado, 9 de julho de 2011

Pepita Rodrigues em Piracicaba



Baile de carnaval realizado em 1970 no Clube Coronel Barbosa. Na foto, aparecem as atrizes Pepita Rodrigues e Aurora Duarte ao lado da Miss Bicentenário de Piracicaba Maria Graziela Victorino de França Helene, também rainha do carnaval do Coronel naquele ano. Foto contribuição do álbum particular de Ivana de Negri França. (Edson Rontani Júnior)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A discussão não é a quem pertence o “Nhô Quim”

* Edson Rontani Júnior

   Sempre sonhei com uma sociedade justa e ideal para vivermos, agregando à ela valores como respeito, educação, cavalheirismo e outras boas ações. Uma vida boa para mim e para todos meus semelhantes. Em matéria intitulada “XV briga por criação do Nhô Quim”, veiculada por este jornal (A Tribuna Piracicabana) na última quinta-feira, creio ter havido alguma distorção na mensagem que enviei à imprensa.
   Gostaria de deixar claro que não enviei um mero e-mail, pois, no sentido pejorativo, ele pode ser considerado com um mero SPAM (algo indesejado). O que enviei foi um press-release, de forma eletrônica como é usual na mídia. De SPAM não entendo, de press-release sou legalmente habilitado para produzi-los, como jornalista profissional registrado diante do Ministério do Trabalho.
   No subtítulo, o autor da matéria diz que “empresas seriam processadas pelo uso indevido” (do Nhô Quim). Em momento algum escrevi “processo” ou “notificação extra-judicial”. Falei sim de notificação, entendo por isso o envio de uma mera carta cientificando que o desenho (não a marca) da mascote do XV é de autoria de Edson Rontani e, portanto, há de se ter certa consideração pelos direitos do autor, não me referindo a ganho monetário muito menos tapinhas nas costas, e sim algo do tipo “estou usando o desenho, posso ?”. Claro que o consentimento seria pertinente. Sempre foi, inclusive durante a vida de seu autor.
   Como a matéria foi assinada por um profissional, creio que, antes de tudo, ela espelhou uma visão particular de quem a escreveu, pois o título diz que o “XV briga por criação do Nhô Quim”. Quem briga então é ... o XV, não a família Rontani...
   Em momento algum – gostaria de deixar claro – está se tentado o impedimento do uso da mascote ou que o XV não teria autorização para seu uso. Muito pelo contrário. Tenho certeza de que os tempos atuais são de parcerias e vejo no XV e em outras empresas que acreditam na força do desenho em questão que são estas entidades excelentes propagadoras de uma tradição com mais de meio século, afinal, manter no imaginário coletivo um personagem por 63 anos não é fácil.
   Entendo o papel da imprensa, pela qual luto desde 1979 e pela qual me graduei e me tornei especialista com título de pós-graduação. Temos de praticar um papel que instigue os assuntos, tornem as pautas mais interessantes. Participei de entrevistas, fui alvo de críticas nos últimos dias, mas queria deixar claro que reproduzir um desenho com uma assinatura é uma coisa, falar de personagem é outra. Lei Pelé, Lei de Domínio Público, Lei dos Direitos Autorais, propriedade intelectual e tantas outras legislações são coisas que não interessam no momento. Não procuremos “oportunismos” como foi falado neste ínterim. Procuremos união para juntos, seja com o XV ou com empresas interessadas, oferecer cultura aos jovens que acreditam no esporte. Afinal, estamos falando de futebol e não de um ringue de boxer.
   Thomas Mazzoni, Nino Borges, Rocha Netto e Edson Rontani estão envolvidos hoje apenas em nossas memórias, até mesmo porque não estão mais neste plano espiritual. Se alguém teria que contestar a criação de uma mascote seriam eles. O uso de um desenho com assinatura depende sim de seus descendentes. Independente desse desenho ser a reprodução de um mascote, uma pedra, o salto do Rio Piracicaba... Tendo uma assinatura embaixo do desenho é propriedade intelectual. Reproduzir sem a devida permissão é outra situação. Nos jornais, não são publicados os créditos das fotos ? Republique algo sem autorização e veja o que acontece.
   Senhor Luis Beltrame, a quem muito considero, peço desculpas se o deixei alterado. Não era essa a intenção. Não entendo de leis como você que é advogado. Se eu entendesse de lei, não seria jornalista. Gostaria muito de entender de Lei Pelé e leis que falam de direitos autorais. Talvez até possamos aprender juntos. Como disse, em reportagens na Rádio Difusora A.M. e em matéria veiculada por este jornal – aliás, ambas feitas pelo mesmo profissional – não procurava sua ira, apenas sua compreensão, e parceria do time ao qual lhe foi dada a presidência na intenção de juntos buscarmos ações para o desenvolvimento da cultura e quem sabe dar um novo “gás” no personagem, com concursos de desenhos, workshops e algo que motive as gerações que estão surgindo a gostar de nosso alvinegro como eu e você gostamos, dando um motivo para que essa juventude se espelhe em ícones que Piracicaba ainda possui. Parcerias se fazem na base da amizade. Concordam ?

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Estou processando o XV de Piracicaba ... e nem sabia disso !

Estou processando o E. C. XV de Novembro ... e eu nem sabia disso. Queria deixar claro que existe uma diferença entre notificar e processar ...

O Nhô Quim conhecido nacionalmente como mascote do XV de Piracicaba, virou motivo de embate entre o clube piracicabano e a família Rontani. O motivo foi um email enviado pela ERJ Comunicação, em nome de Edson Rontani Junior, filho do desenhista e artista plástico Edson Rontani, sobre a utilização indiscriminada do mascote.


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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Revista Galeria


Orestes Quércia, falecido em dezembro passado, esteve em Piracicaba em março de 1984 e foi vaiado, durante comício realizado na Praça José Bonifácio, em favor das Diretas Já. Ele e outros políticos – João Herrmann Neto, Adilson Benedito Maluf, entre alguns – clamavam pela abertura ampla, geral e irrestrita e exigiam o voto democrático. A revista “Galeria” era uma das expoentes da imprensa local. Foi publicada durante boa parte dos anos 1980, quando este tipo de impressão era muito mais caro que hoje em dia. A capa da edição de março de 1984 mostrava uma foto de Altino Jorge tirada durante o carnaval que ocorrera no mês anterior. A revista era dirigida por Rogério Viana e contava com matérias de Ângela Furlan, José Maria Ferreira, Alfredo Barbara Neto, José Pedro Soares Martins, Mário Evangelista, além de fotos de Justino Lucente, Osmir Bertazoni, Cícero Correa dos Santos, Diógenes Banzato e Henrique Spavieri. (Edson Rontani Júnior)

terça-feira, 28 de junho de 2011

Empresas que utilizam o Nhô Quim serão notificadas


Empresas que estão utilizando a imagem da mascote do E. C. XV de Novembro de Piracicaba passarão a ser notificadas em julho. A decisão foi tomada pela família de Edson Rontani, criador da personagem Nhô Quim, o caipira que representa o alvinegro local. Durante a fase final do Campeonato Paulista Série A-2, a personagem foi usado de forma indiscriminada e sem a devida autorização da viúva de Edson Rontani, Ivete D’abronzo Rontani, detentora principal dos direitos da criação artística. Após a conquista do torneio, o desenho passou a ser explorado comercialmente, incluindo a venda de camisetas.
A personagem não é de propriedade do município, muito menos do E. C. XV de Novembro e sim faz parte do espólio da família Rontani, como obra artística de caráter intelectual, protegido por direito natural válido por 70 anos após a morte do autor, que ocorreu em fevereiro de 1997.
A utilização da mascote infringe a lei dos direitos autorais inclusive por, em muitos casos, terem sidos utilizados originais de Edson Rontani, que, mesmo com a respectiva assinatura do autor, não receberam autorização de sua família.
Personagem – O Nhô Quim foi criado por Edson Rontani em 1948 quando o E. C. XV de Novembro chegou à elite do futebol paulista. Nos anos seguintes, sua divulgação era feita em murais situados em bares do centro de Piracicaba. Em 1952, o “Jornal de Piracicaba” publicou o primeiro registro da personagem, numa época em que era necessária a matriz de desenhos em clicheria, motivado pela ausência de máquinas off-set. Rontani deu vida ao Nhô Quim em charges semanais publicadas entre 1950 a 1996 em jornais (Jornal de Piracicaba e Diário de Piracicaba), revistas e outras publicações.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Grupo Barão do Rio Branco



Grupo Escolar de Piracicaba foi a primeira denominação da Escola Barão do Rio Branco, situada no cruzamento da rua Governador Pedro de Toledo com a rua Ipiranga. A escola foi fundada em 13 de maio de 1897. Iniciei meus estudos lá, na primeira metade dos anos 1970, quando os principiantes ao estudo faziam o “primário”. Lá conheci o professor “Cridão” (Euclides Buzetto) e o diretor José Wander Parsia. Também foi onde formei as amizades que me seguiriam pelas décadas seguintes. Este registro fotográfico, de 1915, “expressa os preceitos da pedagogia moderna”, segundo publicidade da época. O prédio foi restaurado, sendo que inicialmente possuía dois andares e quatro grandes salões, além de nove salas para aulas. Naquele ano, eram 355 alunos matriculados, sob a direção de Adolpho Carvalho. (Edson Rontani Júnior)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Hotel Central



Jardim interno do Hotel Central, um dos mais famosos do interior deste país. Estava situado na esquina da rua Moraes Barros com a Praça José Bonifácio, onde hoje está um estacionamento vertical, ao lado da Catedral de Santo Antonio. A foto é de 1915. Foi em frente ao Hotel que, em 13 de novembro de 1899 o pintor Almeida Júnior morreu ao ser apunhalado por José de Almeida Sampaio, seu primo, num acesso de fúria ao saber que sua esposa o traia com este. (Edson Rontani Júnior)

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Emilio Castello




Emílio Castello foi diretor da Escola Agrícola de Piracicaba em 1916. Era formado pela Escola Politécnica de São Paulo, onde fez o curso de engenheiro agrônomo. Foi nomeado, em 1905, diretor do Posto Zootécnico Central Carlos Botelho. Foi aos Estados Unidos e publicou, ao retornar ao Brasil, trabalhos sobre a cultura do algodão e do milho. Em 1910, o secretário de agricultura Pádua Salles o nomeia Inspetor de Agricultura e em seguida organiza o plano de administração da Fazenda Modelo de Amparo. Foi lá que ele desenvolver o projeto que culminou com a Escola Agrícola, hoje ESALQ. Assumiu a direção da Escola em 31 de dezembro de 1912, ocupando a vaga deixada por Clinton Smith que retornava aos Estados Unidos para a função de catedrático da Universidade de Cornell, em Nova Iorque. Antes da Escola Agrícola, Castello foi diretor da Escola de Minas, em Ouro Preto. Em 1915, foi a Argentina estudar a produção de alfafa regressando com elaborado relatório utilizado amplamente em Piracicaba. (Edson Rontani Júnior)

domingo, 5 de junho de 2011

Pensei ser velho demais ...

Confesso que pensei ser antiquado. Não curti o sucesso de Roberto Carlos na Jovem Guarda nem mesmo ouvi seus sucessos despontarem nos anos 70, quando ele dedilhava melosas canções como "O Portão" ou "Detalhes". Aliás, quando me conheci por gente, ele já era um artista ultrapassado e logo seria deportado do horário nobre das emissoras de FM. Aliás, foi com "Emoções", no início dos anos 80 que passei a conhecê-lo um pouco mais. Depois, o "Rei" foi legado às emissoras AM e assim por diante.
Ainda tem sua coroa como o rei da Jovem Guarda, além de ser ovacionado próximo ao Natal nos especiais da Rede Globo.
Só conheci a musicalidade de Roberto Carlos há uns dez anos atrás quando ganhei toda a sua coletânea em MP3. Um cara "papo cabeça" com letras afiadas ao seu tempo, uma musicalidade nata e longe daqueles que hoje dizem ter dom para a música.
Neste final de semana, durante o III Punk Birthday - só para os VIPs ... - descobri que ser fã de Roberto Carlos é estar na moda sem ser ultrapassado. Uma das bandas que se apresentou - Os Roberto Jaula, se não me enganho - tocou música ao estilo undergound bem do jeitão da Jovem Guarda de Roberto e Erasmo Carlos. O papo é brasa, mora ... Parabéns aos jovens. Tão inclinados à música e tão afinados com a musicalidade de um gênio nacional.

Os Roberto Jaula - Meu Querido, Meu Velho, Meu Amigo

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Torneios cestobolísticos


Na semana em que o Basquete do XV de Piracicaba conquistou a primeira colocação no Torneio Novo Milênio, primeira fase, uma foto para lembrar outra conquista, desta feita quando o alvinegro local sagrou-se campeão do Torneio Atlântico, entre março e abril de 1957, em Buenos Aires, na Argentina. A foto integra a Revista do Jubileu de Prata da Rádio Difusora e, embora um tanto quanto apagada, mostra o locutor Benê Marques (o penúltimo, a partir da esquerda) junto a J. Carlos no Ginásio Luna Park. Na época, a PRD-6 era conhecida como a “emissora das grandes realizações” e acompanhava o XV não apenas nas partidas oficiais como também nas amistosas. A equipe de esportes possuía ainda em seu elenco Ary Pedroso e Arthemio de Lello que, conforme a publicação, “transmitiam os encontros cestobolísticos”. (Edson Rontani Júnior)

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Victorio Angelo Cobra, o "Cobrinha" - 80 anos


Quando criança, eu achava engraçado ver meu pai se referir à uma determinada pessoa pela alcunha “Cobrinha”. Pensava que iria ver uma cobra pequena ou uma pessoa com a cabeça igual ao citado réptil. Coisas de criança ... Cresci e vi no famoso “Cobrinha” uma iconografia da música de Piracicaba, perpetuada por muito tempo nos versos do nosso hino, entoando bravamente “Piracicaba que eu adoro tanto, cheia de flores, cheia de encantos ...”. Victorio Ângelo Cobra é hoje merecedor de uma praça situada em frente ao Cemitério da Saudade, segurando seu inseparável violão o qual nos remete aos nostálgicos tempos das serestas. Em 1988, Manoel Lopes Alarcon investiu tudo que pôde para lançar o LP “80 Anos de Cobrinha”, cuja capa foi desenhada por Edson Rontani, numa época em que computador era coisa rara e o nanquim era amigo – também inseparável – dos bons desenhistas. Na contracapa, o radialista Vidal Ramos exalta a história de nosso seresteiro, cuja voz pôde ser ouvida neste “longa-duração” em dez músicas escolhidas a dedo por Alarcon, incluindo “Amarga Serenata”, “Chão de Estrelas” e a eterna “Piracicaba”, de Newton Mello. (Edson Rontani Júnior – jornalista, erj@merconet.com.br)

Cobrinha - 80 Anos


COBRINHA, 80 ANOS !...

QUE BELEZA ! COBRINHA, o eterno seresteiro de canções eternas, retorna auspiciosamente ao mundo fonográfico saudosista, revivendo gostosa e saudosamente dez clássicos da música do passado, demonstrando, mais uma vez, que a belíssima voz que Deus lhe deu tem se robustecida com o passar dos anos e uma página musical de quarenta, cincoenta ou sessenta anos atrás interpretada por ele hoje, se reveste de novos e invulgares matizes tonais, num timbre de voz suavizado e embelezado pela experiência de uma fecunda carreira.

Na verdade, COBRINHA, aos 80 anos de idade e mais de 60 anos de serestas, mantém vivo o seu invejável cartaz de seresteiro romântico das românticas serenatas cantadas ao luar de sua querida Piracicaba!... As músicas de serenatas cujas composições de quarenta ou cincoenta anos passados expressavam de modo tão significativo as ânsias românticas dos enamorados, os tormentos agridoces de um coração partido, as torturas mentais suscitadas pela dúvida, estão reunidas neste preciosíssimo microssulco que já ganhou notoriedade no cenário discográfico da saudade.

Ouvindo este lançamento da "Califórnia", temos a certeza de que não haverá saudosista por mais velho, por mais triturado pelo tempo, que não sinta, na voz belíssima de COBRINHA, o reamanhecer do próprio coração, o reflorir dos sonhos já esmaecidos e o renascer de todas as esperanças. O sonho do velho (no sentido bom da palavra) COBRINHA, de ver um "long-play" marcando a passagem do seu 80°. aniversário natalício está concretizado. Mas, a bem da verdade, a realização deste sonho só foi possível graças ao nosso comum amigo MANOEL LOPES ALARCON, que planejopu, produziu este longa-duração de ponta a ponta, inclusive cuidando da seleção musical e financiando todos os encargos, para que o brasileiro de hoje - indenpendentemente de sua idade - possa ter nas mãos um verdadeiro breviário musiucal do amor !...

Tenho certeza de que o nosso querido amigo COBRINHA, ao sentir nas mãos este disco, elevará suas preces ao Criador, dando graças por ter um amigo realmente sincero e maravilhoso que se chama MANOEL LOPES ALARCON.

Parabénms ao COBRINHA, parabéns ao piracicabano MARIO VIEIRA, diretor da Gravadora "CALIFÓRNIA", e a você MANOEL LOPES ALARCON, muitos aplausos pela felicidade que você proporcionou ao querido seresteiro COBRINHA e a todos nós saudosistas e admiradores incondicionais deste maravilhoso cancioneiro de canções eternas

F. VIDAL RAMOS - Radialista, poeta, jornalista
(nota do editor na contra-capa do LP)





quinta-feira, 19 de maio de 2011

Praça da Catedral


Para a geração atual, esta cena pode não ser muito familiar. Mas assim era o trecho em frente à Catedral Santo Antonio, especificamente no largo da Catedral, cruzamento da rua Moraes Barros com a praça José Bonifácio. A foto, provavelmente da virada das décadas de 1950 para 1960, mostra uma confluência concorrida no centro de Piracicaba. Ao fundo, à direita, vê-se o Hotel Central, palco de encontro da sociedade local e ponto de hospedagem de muitos famosos. Atrás, o primeiro edifício de Piracicaba, que compõe a Galeria Brasil. Entre os veículos, os mais modernos para a época, como o “Decavê”, Ford, Aero-Willys, Volkswagen Sedan e Chevrolet Bel Air. (Edson Rontani Jr.)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Johnny Mathis em Piracicaba



Um dos principais artistas da CBS, gravadora do Columbia Brodcasting, Johnny Mathis continua na ativa. Tornou-se cantor por incentivo do pai que o colocou no coral da igreja e no estilo gospel desfilou sua voz considerada uma das melhores junto a Engelberg Humperdinck, Tom Jones, Andy Williams, Al Martino e tantos outros que sempre ficaram abaixo de Frank Sinatra, este sim considerado como “The Voice”. Lançou seu primeiro disco em 1956 e foi acompanhado pelas orquestras de Ray Conniff e Percy Faith. “My Love For You” e “It’s Not For Me to Say” foram seus primeiros sucessos e, talvez, os únicos originais, pois nos anos 60 e 70 passou a regravar sucessos de outros autores. É um ícone do easy listening principalmente pelo tom nada agressivo. Este cantor, cuja discografia hoje pertence à Sony, pisou em Piracicaba, no início dos anos 70, e conforme registro fotográfico, atraiu multidões ao Clube Coronel Barbosa. Mathis hoje é um artista esquecido, preferido pelo público que está na casa dos 60 anos. Já foi cantor de canções que embalaram os mocinhos, mas eternamente terá garantido seu espaço no hall da fama. (Edson Rontani Júnior – http://fotoeahistoria.blogspot.com)


domingo, 1 de maio de 2011

Corporação Musical União Operária de Piracicaba



Na FACE A do disco : Grande Oficial Mário Dedini (marcha de Oswaldo Pettermann), Dona Gilda (valsa de Erotides de Campos), Meio Século (marcha de Oswaldo Pettermann) e Didi (valsa de Jefferson Elias Barbosa).
Na FACE B do disco : Pedro Sérgio Morganti (dobrado de João Pettermann), Triste (valsa de Germano Benencase), Francisco Salgot (dobrado de Luiz Pinazza) e Beijar Sonhando (valsa de B. Almeida Júnior)


Este "Long-Playing" que a RECITAL está lançado promissoramente, dando início a um sério programa de divulgação das mais expressivas afirmações musicais brasileiras, tem o significado de duas homenagens que a cultra brasileira está devendo : uma aos espíritos compreensivos, que estimulam, como o seu apoio, as iniciativas honestas, que visam o preservar o que de mais autêntico possui a arte brasileira e outra, aos núcleos de batalhadores da arte que lutam no interior do Brasil, e que fixam, no seu próprio meio, os flagrantes mais íntimos da alma popular.
Isso explica porque a RECITAL escolheu uma banda de música do interior, para gravar seu primeiro "L. P.". Trata-se da CORPORAÇÃO MUSICAL UNIÃO OPERÁRIA", de PIRACICABA, que tem a tradição de mais de meio século de existência, reunindo músicos amadores, a maioria de condição humilde - operários e trabalhadores - que, atraídos pela música, dedicam seus poucos vagares, à noite, para exaustivas aulas e seguidos ensaios, para o prazer de pertencer a um conjunto musical, que faz honra à cultura artística de São Paulo.
Dirigida com dedicação inexcedível pelo Maestro OSWALDO PETTERMANN, que sucedeu, por sua vez, a seu pai, o Maestro JOÃO PETTERMANN, na regência da Bamda. essa CORPORAÇÃO MUSICAL é uma das mais afamadas do interior do Brasil,  enfrentando tanto as  partituras populares, como as de música erudita, com igual maestria, oferecendo execuções segundo o mais alto nível conseguido por conjuntos dessa natureza.
O primeiro número musical é o que dá o nome ao nosso "L P" : "GRANDE OFICIAL". É uma bem inspirada marcha de autoria do Maestro OSWALDO PETTERMANN, que ele dedicou ao GRANDE OFICIAL MÁRIO DEDINI, o mago da Indústria, o muito justamente cognominado "Consolidador da Agro-Indústria Açucareira no Brasil".
Apesar das grandes preocupações que absorvem seu tempo e sua atenção, o GRANDE OFICIAL MÁRIO DEDINI, tem sido um grande Mecenas das Artes, auxiliando todas as boas iniciativas, que visam o cultivo e o aprimoramento artístico de nossa gente.
Por isso, a CORPORAÇÃO MUSICAL "UNIÃO OPERÁRIA", de PIRACICABA, presta essa homenagem ao nobre incentivador da Música, homenagem que a RECITAL se associa prazeirozamente, na certeza de que está fazendo justiça a quem muito tem feito pela Arte no Brasil.
Todas as outras composições gravadas são de autoria de musicistas piracicabanos, o que dá bem uma idéia do adiantamento musical da chamada "Noiva da Colina".

Dr. LOSSO NETTO
(Diretor do JORNAL DE PIRACICABA)

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Grande Oficial


Foto estampada na capa do LP “Grande Oficial”, mostrando a Corporação Musical Operária de Piracicaba no que aparenta ser a escadaria da Igreja Bom Jesus do Monte. O LP foi lançado pela Recital Discos Editora e não estampa sua data de lançamento, provavelmente meados dos anos 1960. Nele, oito músicas sob a regência do Maestro Oswaldo Pettermann, com músicas do próprio Pettermann, Erotides de Campos e B. Almeida Júnior. O título do disco era em homenagem ao Grande Oficial Mário Dedini. “Dirigida com dedicação inexcedível pelo maestro Oswaldo Pettermann, que sucedeu, por sua vez, a seu pai, o maestro João Pettermann, na regência da Banda, essa Corporação Musical é das mais afamadas do interior do Brasil, enfrentando tanto as partituras populares como as de música erudita, com igual maestria”, escreveu Losso Netto na contra-capa. Importante registro histórico sobre esta corporação musical, o livro “O Passar da Banda”, foi lançado em 2006 pelo Instituto Historio e Geográfico de Piracicaba, contando os 100 anos da União Operária. Veja conteúdo total da contra-capa do disco e fotos em alta resolução em http://fotoeahistoria.blogspot.com. (Edson Rontani Júnior – erj@merconet.com.br)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sino das Carmelitas volta a tocar


Nhô Quim na Gazeta Esportiva



Charge de Nino Borges publicada em “A Gazeta Esportiva” de 29 de maio de 1949. Nesta data, o XV de Novembro de Piracicaba estreava na Primeira Divisão do Futebol Paulista enfrentando o Palmeiras. A partida ocorreu a tarde no Pacaembu e o alvinegro local era aguardado com grande expectativa pela elite da pelota, uma vez que foi campeão do Torneio Início além de Campeão da Lei do Acesso que vigorava a partir deste ano. O saudoso Rocha Netto, de posse de uma charge de Edson Rontani (então com 16 anos), levou o personagem a Nino Borges que copiou os traços e o estampou conforme vemos aqui. O nome “Nhô Quim” foi batizado por Rocha Netto como diminutivos das palavras Senhor Quinze. Assim, nosso time é apresentado às demais mascotes do futebol, representando, entre outros, o São Paulo, o Juventus, o Noroeste, Santos e Portuguesa.  (Edson Rontani Jr. – erj@merconet.com.br)
Correção - Na verdade, confundi o mascote que aparece com chapéu de ferroviário com o Noroeste. O personagem pertence ao Nacional Atlético Clube, da Lapa, capital paulista. Obrigado aos olhares mais atentos...

sábado, 16 de abril de 2011

Santo silêncio !


Carmelitas em Piracicaba são proibidas de tocar sino
Saiu hoje no jornal :
As irmãs carmelitas de Piracicaba não podem mais contar com o toque do sino, atividade que elas praticam há 60 anos no município. A informação é do vereador Laércio Trevisan Júnior.
De acordo com ele, uma ação liminar movida por um vizinho do convento, que se mudou há pouco tempo para o bairro, proibiu que o sino seja tocado a qualquer hora do dia. 'O indivíduo, aposentado, diz que o sino incomoda', afirmou o vereador.
A pessoa que move a ação contra à Ordem não quis ser identificada, assim como a Cúria Diocesana de Piracicaba que preferiu não dar depoimento a respeito do caso. O advogado responsável pela diocese também não foi encontrado.
Trevisan garantiu que o Pelotão Ambiental foi chamado no local e a medição foi feita durante um dos dez toques diários do sino. Segundo ele, o total foi de 57 decibéis. A Lei do Silêncio permite 60 dB. 'Mesmo o número sendo baixo, algum juiz autorizou a liminar, mas a Cúria deve entrar com um processo contra', esclareceu o vereador.
Os moradores vizinhos ao convento, assim como os frequentadores das missas diárias, estão fazendo um abaixo-assinado contra a liminar. A intenção é mostrar ao juiz que o sino não atrapalha em nada.
A Lei n° 13.190/01 e 13/287/02 diz que caso seja constatada a poluição sonora, a igreja será notificada para que num prazo de 90 dias faça a adequação acústica. Após esse período a igreja poderá receber novas vistorias com medições e ser autuada caso o ruído esteja acima dos decibéis permitidos por lei.