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domingo, 1 de novembro de 2015

Palavrões, murros e pontapés na sessão da Câmara de Vereadores





O Diário de Piracicaba, edição de 8 de dezembro de 1953.

Deu sujeira o projeto de concessão para tratamento de lixo ... Ratificada a elevação de Charqueada a município ... Aprovadas contas do ex-prefeito Aldrovando Fleury ...

Feios incidentes ocorreram durante a sessão de ontem de nosso Legislativo. Houve insultos, palavrões, murros e pontapés. Um espetáculo deprimente que atingiu ao máximo daquilo que não se podia esperar, em matéria de desalinho, de um Legislativo. 

É com  mágua que o redator destas notas se vê obrigado a registrar os lamentáveis acontecimentos que infelizmente se repetem de uma regularidade altamente desabonadoras para a Câmara e que destoam, gritantemente, dos nossos fotos de cidade culta e ordeira. Nunca esperávamos, no entanto, ter que escrever que, depois de baixarem alguns edis a insultos pessoais, se pegasssem a pontapés e murros, fazendo da força física o último argumento, como qualquer moleque de rua.
Afinal, os que têm assento nas cadeiras da Câmara Municipal, lá estão representando o povo. Quando agem, portanto, não agem por si sós: envolvem aqueles que, nas urnas, lhes delegaram poderes para os representar. E não foi para transformar as Câmaras em assembléia de discussões de assuntos pessoais, em rinhas de brigas de galo ou ainda em tablados de luta de box que o povo votou e que os municípios, os Estados e Nação arcaram com pesado onus das eleições.

É triste, tristíssimo o acontecimento de ontem. E não será agindo como vêm agindo, que os homens investidos do direto de legislar para e pelo povo defenderão os direitos destes. Nem será assim que se prestigiará o regime que lhes possibilitou o cargo em que se encontram - e que,m sendo uma regime de liberdade, até o direito e agir errado lhes assegura.

Como em tudo o que acontece neste mundo, há lições que servem as ocorrências desta natureza para meditação dos eleitores e, principalmente, dos órgãos incumbidos de indicar candidatos. Que assim seja.

sábado, 3 de outubro de 2015

Guilherme Vitti - ausência em seu centenário


Faleceu, em 30 de setembro de 2015, o historiador Guilherme Vitti. Ele tinha 100 anos, completados no dia 25 de julho deste mesmo ano. O corpo de Vitti foi velado no salão nobre da Câmara de Vereadores de Piracicaba e enterrado no Cemitério da Saudade.

Responsável por iniciar os trabalhos de documentação e resgate da história da Câmara, Vitti foi o funcionário que mais tempo permaneceu na Casa, com mais de 50 anos de serviços prestados ao Poder Legislativo piracicabano, deixando-o somente em 2006, aos 91 anos.

Em agosto, a Câmara havia aprovado a moção de aplausos 131/2015, proposta pelo vereador André Bandeira (PSDB), em reconhecimento à idade centenária e à contribuição dada pelo historiador para a preservação da memória do município. "Vitti sempre esbanjou sabedoria, bondade e, acima de tudo, respeito pela história de Piracicaba", ressaltava o texto da homenagem.

TRAJETÓRIA - Descendente de italianos, Vitti nasceu em Piracicaba, em 25 de julho de 1915, no tradicional bairro de colônia tirolesa Santana. Era, entre 12 irmãos, o filho mais velho de Angelina e José Vitti. Casado com Maria José dos Santos Vitti, adotou quatro filhas. Deixa nove netos, nove bisnetos e um tataraneto.

Vitti viveu dez anos em Rio Claro (SP), onde foi seminarista no Colégio Santa Cruz dos Padres Estigmatinos, e teve participação efetiva no projeto de construção da igreja de Santana. Formou-se em Filosofia e Letras e foi professor de latim e língua portuguesa na Escola Estadual "Sud Mennucci" e no Colégio Piracicabano.

Foi um dos fundadores e primeiro presidente do Ipasp (Instituto de Previdência e Assistência Social dos Funcionários Públicos Municipais de Piracicaba) e vereador de 1948 a 1951, na primeira legislatura após a redemocratização do país. Auxiliou na fundação do IHGP (Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba) e da Academia Piracicabana de Letras.

Viveu várias fases do desenvolvimento da cidade. Era considerado, pelos intelectuais, "a memória viva de Piracicaba", da qual sempre falava com experiência e conhecimento de causa.

Trabalhou na Prefeitura, começando na gestão de Luciano Guidotti, como secretário do prefeito, e dela saindo no governo Adilson Maluf, onde era chefe do departamento administrativo.

Foi o responsável pelo início do arquivo histórico da Câmara, que reúne a documentação mais antiga de Piracicaba. Ao se aposentar, deixou em seu lugar o historiador e atual diretor do Departamento de Documentação e Arquivo, Fábio Bragança. "Pragmático e perfeccionista, Vitti foi quem datilografou e encadernou os livros-atas da Casa de Leis. Sempre foi muito preparado historicamente e um cuidador dos arquivos, organizado e com um conhecimento ímpar sobre os acontecimentos da cidade", reforçava o texto da moção de aplausos aprovada em agosto pela Câmara.

Vitti também escreveu diversos livros, como "História Colorida de Piracicaba Bicentenária", "Manual da História de Piracicaba" e "Esperança de uma Vida Nova", colaborou com artigos publicados pelo "Jornal de Piracicaba" e traduziu cartas e obras do dialeto trentino e do latim.

Leia biografia oficial da Câmara de Vereadores clicando aqui;

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Xuxa em Piracicaba


Paulo Roberto da Silva, ou Paulo Roberto, nome artístico do locutor que iniciou suas atividades na Rádio A Voz Agrícola de Piracicaba nos anos 1970. A emissora mudou de nome para Alvorada AM e sua frequência é utilizada atualmente pela Jovem Pan News (Onda Livre). Paulo atuou na época em que o proprietário da emissora era o lendário Francisco Caldeira, dono de uma bondosa alma que por muitos anos defendeu a radiofonia local tanto na A Voz Agrícola, Alvorada como na Rádio Difusora, onde foi gerente administrativo. Na foto, Paulo Roberto aparece entrevistando Xuxa Meneghel, depois Xuxa, que esteve em Piracicaba participando de um evento social, nos anos 1980. Xuxa, aliás, iniciou carreira na TV Manchete, partindo depois para a Rede Globo e hoje estrela a Rede Record. Já Paulo Roberto abandonou os microfones em 1998 quando a Alvorada arrendou sua programação para um igreja.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Matriz da Vila Rezende



A história da construção do belo templo que serve de igreja matriz à paróquia de Vila Rezende, em Piracicaba, desde o momento que foi concebida a idéia de tal cometimento (1904) até nossos dias atuais, constitui, nos seus menores detalhes, uma flagrante prova de que – dadas embora as tristes condições de degradação de sentimentos, que geralmente se observa – ainda há algumas que se elevam acima das exclusivas preocupações da vida material e. alcançado os olhos ao céu, para lá dirigem seus pensamentos, rendendo agradáveis e santas homenagens a Nosso Senhor.

No caso da construção da bela igreja de Vila Rezende, forma os distintos membros da ilustre casa do Barão de Vila Rezende essas boas almas que vencendo todos os óbices, puderam tão brilhantemente concorrer para a difusão da religião naquela afastada zona de nossa cidade.

Em 1904, como verdadeiro cristão e católico, falecia Estevam de Rezende, filho amoroso e dedicado, carinhoso irmão para com todos. Dona Lydia de Rezende, sua digna irmã, em homenagem á memória do pranteado extinto e satisfazendo a desejos por ele expressos, tomou a resolução de levantar aquele templo que ali hoje glamurosamente se ostenta.

Coadjuvada por seu venerando pai, o exmo. Barão de Rezende e pelos vila rezendenses, conseguiu ver assentada a pedra fundamental da igreja matriz, a 8 de dezembro de 1904, quando a Igreja Católica o jubileu da definição do dogma da Imaculada Conceição de Maria, a quem o futuro templo foi consagrado.

Interrompidos os trabalhos, recomeçaram eles em 1907. Dona Lydia multiplicava-se então: organizava quermesses, espetáculos benificentes e outras festas, escrevia aos amigos de sua família solicitando-lhes a cooperação para a execução da tarefa que se impôs.

Permitiu o Senhor que fossem coroados do melhor êxito os esforços de tão bela alma, pois a 17 de dezembro de 1910, Dom João Nery, o primeiro bispo de Campinas, solenemente benzia a nova Igreja, nela dizendo a primeira missa pelo eterno repouso do benemérito Barão de Rezende, falecido em 1909; e a 19 de janeiro de 1914, tendo sido desmembrada de Piracicaba a nova paróquia de Vila Rezende, tomava posse o primeiro vigário, cônego Carlos Cerqueira.

Prof. Carlos Martins Sodero (Texto escrito em 1917)

domingo, 12 de julho de 2015

Igreja Bom Jesus


Uma das igrejas que manteve sua sua estrutura intocável com o passar dos tempos, a Igreja Senhor Bom Jesus do Monte, ou simplesmente Bom Jesus, tem sua história iniciada em 8 de outubro de 1857, data em que o terreno na qual se localiza seu terreno foi doado por João Antonio de Siqueira. A Igreja situa-se na rua Bom Jesus esquina com a rua Moraes Barros. Lá já existia uma capela, ponto de parada para quem seguia para o Cemitério da Saudade.

O lançamento da primeira pedra no dia 6 de agosto de 1918. Consegue erigir a capela-mor, na qual foram entronizados um grande crucifixo e as imagens de Nossa Senhora e de São João Evangelista. A mesma foi benzida e inaugurada em 6 de agosto de 1919.

Em 4 de dezembro de 1922, por decreto do bispo Dom Francisco de Campos Barreto, foi criada a paróquia do Bom Jesus e seu primeiro padre foi Lázaro de Sampaio Mattos, nomeado no início de 1923, empossado pelo cônego Manoel Rosa, em missa no dia 11 de fevereiro do mesmo ano.

Para dar continuidade à construção, foi contratado o construtor Napoleão Belluco. No início de janeiro de 1927, as paredes externas estavam levantadas e as paredes centrais da nave já respaldadas; após o término do madeiramento, iniciado em 5 de maio, deu-se a cobertura da nave central. No dia 20 de maio, chegam às peças de mármore do altar mor. Em 5 de agosto, com a presença do bispo diocesano, houve a inauguração do altar mor. Em agosto, nos dias 28 e 29, respectivamente, foram inauguradas a pintura da capela mor e a decoração do forro de estuque, trabalho realizado pelo grande artista Mario Thomazzi.

As festas de inauguração do monumento do Senhor Bom Jesus foram marcadas para o período de 30 de julho a 15 de agosto de 1932, no entanto, em virtude do movimento constitucionalista, iniciado no dia 9 de julho, as festas programadas para o mês de agosto foram adiadas para os dias 5 a 15 de novembro.

Finalmente, no dia 13 de novembro de 1932, domingo, tendo como convidado especial o bispo Dom Francisco de Campos Barreto, deu-se a tão esperada inauguração de grandiosa imagem. Ainda foram necessários mais 5 anos para o magnífico templo ficar totalmente concluído, inaugurado em 1 de maio de 1938.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Trapezista Félix, do Circo Federico Orfei, fala sobre o trabalho no dia 1º de maio

Entrevista levada ao ar no dia 1º. de maio de 1997 pela Rádio Alvorada A.M. de Piracicaba, quando Félix, trapezista do Circo Federico Orfei, falou ao jornalista Edson Rontani Júnior, como era trabalhar em um feriado.


domingo, 21 de junho de 2015

Voluntários de Piracicaba



Voluntários de Piracicaba na Revolução de 1932, em foto enviada pela assídua leitora Nara Galesi, que descende da família de Ítalo Galesi e Terenzio Galesi. A foto foi tirada no final da década de 1970, durante solenidade do 9 de julho, em Piracicaba (S.P.). Mostra ex-voluntários que combateram as forças federais de Getúlio Vargas. A foto foi tirada na Praça José Bonifácio, vista a partir da rua Prudente de Moraes. Ao fundo, dois monumentos retirados em 1981 no governo João Herrmann Neto: o Monumento às Bandeiras do qual não sabemos de seu paradeiro e logo atrás à esquerda o Monumento à Mário Dedini removido e instalado na Praça da Igreja Matriz da Vila Rezende.

sábado, 30 de maio de 2015

Animadores das noites piracicabanas


   Animadores da noite piracicabana. Assim foram várias personalidades que por aqui passaram. Animaram as noites de muitos casas, de muitas festas, de encontros e deixaram grande saudade. Um deles foi Antonio Carlos Coimbra, ou Pablo Coimbra, alcunha assumida durante a era dos CDs para atender um público amante das guarânias do interior deste Brasil. José Carlos Godoy Brasil, na foto (cedida pela escritora Ivana França Negri) perpetuou na "Noiva da Colina" o estilo propagado afora por Lafayette, Ken Griffin, Klaus Wunderlich e Ed Lincoln, entre tantos outros. Foi um artista muito bem conceituado não apenas em Piracicaba como em cidades próximas. Um tipo de apresentação artística que ainda resiste ao tempo, modernizada, mas que não sai de moda.

sábado, 23 de maio de 2015

Rótulo da caninha Tatuzinho é referência em livro de design



   O rótulo da Caninha Tatuzinho representa o Brasil no livro “World History of Design”, colocado a venda em abril passado, numa publicação da editora britânica Bloomsbury Academic. O rótulo da Caninha Tatuzinho, utilizada nas décadas de 1940 a 1960, pela Indústria D’Abronzo S/A, foi criada pela gráfica de Felício Rotundo, responsável também pelas embalagens utilizadas pela Kibon, fabricante de sorvetes.
   O livro é de autoria de Victor Margolin, professor emérito em história do desenho da Universidade de Illinois, Chicago, editor do jornal “Design Issues”. Seus livros envolvem o processo utilizado pelo ser humano para o desenho de quadros, objetos e ambientes internos e externos, além da exploração, história, teoria e crítica sobre o design.
   A Tatuzinho é uma marca que ultrapassou o século. Fundada em 1910 pelo imigrante italiano Paschoal D’Abronzo, teve seu nome propagado por seu filho Humberto D’Abronzo que vendeu o negócio no início dos anos 1970 para o grupo 3 Fazendas, situado em Rio Claro, que ainda hoje produz a caninha.
   A solicitação de utilizar o rótulo da Tatuzinho surgiu do próprio editor que encontrou um artigo do jornalista Edson Rontani Júnior originalmente publicado no Jornal de Piracicaba em outubro de 2006, o qual discorria sobre o marketing da empresa. O artigo foi republicado no blog do jornalista com o rótulo restaurado, após sua imagem ter sido cedida ao Memorial do Empreendedorismo situado na ACIPI, inaugurado em 2012, onde também pode ser visto.
   O jornalista foi contato por e-mail no primeiro semestre de 2013 e cedeu a imagem para a publicação. Rontani, que é neto de Humberto D’Abronzo, fundador da Tatuzinho, declara estar orgulhoso, pois além destacar uma tradição da família, leva para o mundo um ícone de Piracicaba que sobreviveu ao tempo, principalmente sendo apontado como referência o design de toda a América Latina.
   O livro pretende ser a bíblia do design principalmente pelo amplo conteúdo e pelo estudo aprofundado. Repleto de imagens, o autor discorre sobre o desenho desde a pré-história até os dias atuais. O livro é dividido em dois volumes, sendo o primeiro iniciado na pré-história finalizando na I Primeira Guerra Mundial. O segundo volume trata do design na União Soviética findando na II Guerra Mundial. É neste volume que são descritos os trabalhos da América Latina, envolvendo oito países, dentre os quais o Brasil.
   Ele tem cerca de 800 páginas. Não tem previsão de publicação no Brasil. Pode ser comprado em sites estrangeiros por valores que variam de 395 a 460 dólares (algo em torno de R$ 1.200,00).




sábado, 2 de maio de 2015

Nestor, do Circo Federico Orfei fala sobre o Dia do Trabalhador (1994)

Entrevista levada ao ar no dia 1º de maio de 1994 pela Rádio Alvorada A.M. de Piracicaba, feita pelo jornalista Edson Rontani Júnior. Nela, é entrevistado o domador de tigres Nestor, do Circo Federico Orfei, que naquela semana estava em Piracicaba. Nestor fala sobre a rotina de trabalho em pleno feriado nacional, quando as sessões aumentavam para atender ao público.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Presidente Washington Luís, casado com uma piracicabana


Aspecto interno do palacete do 2º Barão de Piracicaba com a presença do genro Washington Luís e sua esposa, Sofia, filha do proprietário. Foto de autor desconhecido, início do século XX. 

Washington Luís Pereira de Sousa foi o último presidente da chamada república velha brasileira. Ele nasceu no dia 26 de outubro de 1869 na cidade de Macaé, no Rio de Janeiro. Filho de um rico proprietário de escravos, Washington Luís estudou no Colégio Pedro II, na Faculdade de Direito de Recife e na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, onde bacharelou-se em 1891. Foi nomeado promotor do município de Barra Mansa, no Rio de Janeiro, trabalhou como advogado na cidade paulistana de Batatais e, posteriormente, atuou como vereador e presidente da Câmara deste município. Casou-se com Sofia Paes de Barros, neta do Barão de Piracicaba, no dia 4 de março de 1900. Teve quatro filhos com ela.

Leia mais, clicando aqui.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Wlamir Marques, expoente piracicabano do basquete



Wlamir atuou em quatro clubes que defenderia na carreira. Se destacou no esporte amador e iniciou sua carreira profissional em 1953, no XV de Piracicaba. Mesmo bastante jovem, passou a se destacar, sendo convocado pela primeira vez para o selecionado nacional nessa época. Seu primeiro título pelos clubes viria em 1957, quando se sagrou campeão Paulista pela agremiação.

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sábado, 11 de abril de 2015

Coutinho, do XV para a Seleção



Terceiro filho de cinco do casal Waldemar Honório e Antônia Pereira, Coutinho pegou gosto pelo esporte entre os sete e oito anos. Foi descoberto quando entrou em uma partida entre Santos e XV de Piracicaba (derrota por 4x0, todos os gols de Pelé) no final de 57. Os dirigentes santistas ficaram impressionados e levaram o garoto para o clube.

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sexta-feira, 3 de abril de 2015

Magic Paula


Ficou conhecida como “Magic Paula” em alusão ao jogador de basquete americano “Magic Johnson”. Na escola já demonstrava intimidade com a bola, mostrando uma facilidade acima do comum para o esporte. Começou a treinar no Clube das Bandeiras, uma equipe feminina de sua cidade natal, onde também jogava sua irmã. Com apenas 10 anos estreou na equipe como titular. Dois anos depois seria convidada para jogar no time de Assis, indo morar longe de sua família.

Leia artigo do acervo do Estadão sobre esta importante estrela de Piracicaba. Clique aqui.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Igreja Matriz da Vila Rezende



    A Paróquia Imaculada Conceição possui um histórico de evangelização marcado pela edificação de dois templos, ambos de grande conotação para a difusão da religião cristã no Bairro de Vila Rezende em Piracicaba.
   O templo mais antigo foi iniciado em 8 de dezembro de 1904 com o lançamento da primeira pedra fundamental, culminando seis anos depois (1910) com a benção e celebração da primeira missa por D. João Nery, primeiro bispo de Campinas (SODERO, 1917).
   Segundo o autor, as forças vivas da paróquia nessa época tiveram grande influência na edificação do templo, representadas pelos familiares do Barão de Rezende, com o apoio de alguns rezendinos que não mediram esforços para a concretização dessa igreja.
   Quatro anos depois (19 de janeiro de 1914) deu-se a instalação da Paróquia e a posse do 1º vigário de Vila Rezende, Cônego Carlos Cerqueira. Posteriormente seus sucessores (padres Julião Pires Valente Figueira, Serápio Giol, João Milita Rema, Antonio Garavela, Jerônimo Gallo, Romário Pazzianotto, Luiz Gonzaga Juliani-vigário cooperador, Jorge Simão Miguel e Monsenhor Orivaldo Casini-pároco atual) deram continuidade ao processo de evangelização popular, considerado um marco na rotina paroquiana e na vida da comunidade.
   Com o passar dos anos, um novo templo foi construído ao lado do primeiro, sede da nova igreja matriz, dando permanente continuidade à difusão da religião cristã nesse bairro. A cerimônia de lançamento da pedra fundamental ocorreu em 27 de setembro de 1964.
   (Transcrito do site da Igreja Matriz da Vila Rezende)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Cinquentenário da fita cassete



 
* por Edson Rontani Júnior, jornalista

   Confesso que esperava a mesada semanal de meu pai para comprar minhas fitas cassetes. Isso nos, hoje, longínquos anos 80. Era pouco, mas sempre bem vindo para um pré-adolescente que ainda não trabalhava. Talvez fossem sete ou dez cruzeiros toda semana. E com o dinheiro ia próximo a praça José Bonifácio, na Budasom, comprar uma ou duas fitas Basf. Normalmente eram as de 60 minutos, pois as de 90 minutos (com maior capacidade de gravação) eram mais caras. As fitas de cromo, então, eram inatingíveis objetos de consumo, de tão caras.
   Sem medo de ser nostálgico, a fita cassete me impulsionou a ter paixão pela música. Isso no início dos anos 80. Gostava tanto de ouvir as FMs da região (na verdade, só existiam a Andorinhas de Campinas e a Difusora de Piracicaba) que passava a maior parte de meu dia – era estudante – ouvindo e decorando as músicas. Isso me fez trabalhar em duas emissoras de rádio ao longo de 15 anos.
  Com uma fita cassete eu poderia eternizar aquele momento, aquela música, aquele estilo de FM conhecido como “música de elevador”, no qual as emissoras apresentavam apenas a hora certa, poucos comerciais e muitas músicas. Nos anos 80, você tinha acesso ao LP, tape de rolo (caro demais) ou então a fita cassete. Era moda passar o long-play para o cassete e assim poder levar a música para você quisesse.
   Lembro-me que sair na rua com um tape (toca-fitas), de braço dado com a namorada, era um invejado status. Algo similar a hoje ter um smartphone ou um carro de padrão médio. Você era medido pelas marcas Fiorucci (jeans), Pool (camiseta), All Star (tênis) e o Tojo (equalizador do tape). Parece engraçado, mas eram assim os anos 80.
   E, nada mais que nostálgico, a fita cassete está completando seu cinquentenário! Ela é o avô dos iPads atuais. Funcionava de forma analógica e tinha a caneta Bic como sua melhor amiga, para que fosse rebobinada.
   A fita cassete ou K-7 foi chegou aos 50 anos em setembro passado, desenvolvida pela Philips, através do engenheiro Lou Ottens. Foi o meio caseiro mais ágil criado pelo homem para se reter informações como entrevistas, músicas, gravações ... Os direitos autorais de reproduções vieram depois, lógico.
   Com o cassete, era possível levar qualquer gravação a qualquer lugar. Seja em gravadores de mesa, sistemas três em um, carro... Um passo importante veio com a Sony que criou o walkman, algo similar aos MP3s, porém analógicos.
   Lembro-me de ter ficado surpreso ao ler num jornal da capital que eu havia ganho o concurso de uma famosa marca de batata frita e como prêmio levei um walkman da Sony, de primeira geração. Este aparelho me acompanhou por anos. Me motivou ainda mais a ficar diante do aparelho de som para gravar as músicas que eu mais admirava.
   Quem viveu em Piracicaba os anos 70 e os anos 80 deve se lembrar. A Som 6, na Galeria Brasil, era o centro de encontro de quem gostasse de música. Vitrines, prateleiras, toca-discos, fones de ouvido... Imensa, ela tinha vários ambientes para você escolher a música e onde ouvi-la. E vivia lotada!
   O mundo digital surgiu. A gravação analógica passou a integrar museus. E com o avanço da tecnologia, a fita cassete perdeu seu glamour, ou como diriam, foi desmagnetizada.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Banalização fotográfica



Edson Rontani Júnior, jornalista

   Recentemente, numa sala de espera, uma pessoa manuseava seu smartphone fotografando algumas cenas que por nossa frente ocorriam. Na piscina de um clube, duas jovens abusaram dos selfies, de forma frenética, como se a câmara fosse um brinquedo de outrora.
   O mercado lançou smartphones de uma forma tão absurda que acabou criando o efeito da banalização fotográfica. Não que isso seja errado. Ter acesso aos avanços tecnológicos é uma situação inevitável e a popularização da fotografia nos remete à instantaneidade tão almejada pelo homem.
   Desde que lançada, a fotografia exigia habilidade, conhecimento, dinheiro e utilização de máquinas grandes e pesadas. Vale lembrar dos lambe-lambes e das máquinas fotográficas tipo “caixão” com lente reflexiva.


    A máquina fotográfica virou opção de “bolso” já nos anos 60, mas se popularizou nos anos 70 e 80 com as nostálgicas Instamatic da Kodak com flashes descartáveis que conseguiram iluminar quatro “poses”. Ainda nos anos 70, a instantaneidade veio com a máquina Polaroid. Fotografar e revelar na própria máquina era algo fantástico. Cabe lembrar que a fotografia antiga, ainda revelada em papel, demorava dias para que nos fosse entregue, uma vez que o negativo era levado à loja, passava por processos químicos, ampliado e depois devolvido. Até tempos atrás era possível assistir este processo das vitrines de uma loja do Shopping !

 
   A fotografia, desde sua criação, lá pelo longínquo ano de 1826, sempre foi um artigo de luxo. Era acessível a poucos. Sua popularização no Brasil veio pela família real através de Dom Pedro II (que aparece na foto acima, com a Princesa Isabel). Materiais para fotografar e revelar viajavam de navio, da Inglaterra ou da Alemanha. Foi Dom Pedro quem importou as primeiras máquinas e financiou a vinda de profissionais europeus como Marc Ferrez (abaixo, foto de sua autoria mostrando o Corcovado, no Rio de Janeiro) ou Louis Compte.

   A princípio, a ideia de preservar aquele instante para o futuro era algo mágico. Houve até quem dissesse que a fotografia roubaria a alma do fotografado. Sim. Falou-se até que aquilo era bruxaria.
   Antigamente, a foto era feita ao ar livre, para aproveitar a luz natural. Não era permitido mexer, pois qualquer movimento borraria o retratado. Daí a questão de aparecermos sérios nos documentos de identificação. Não há lei que nos proíba de ter uma foto sorrindo no RG, o que existe é um tabu criado pelo “olha o passarinho e não se mexa!”.
   Fato curioso são as “mães fantasmas”, encobertas por mantos escuros segurando filhos para não borrar a fotografia, já que eram necessários incansáveis segundos – ou até minutos – sem respirar.  


   Acima, exemplo de "mãe fantasma" : a mãe sentada, encoberta por tecidos que simulavam um móvel, segurando seu bebê. Veja outras fotos deste estilo clicando aqui

   Fotógrafos chegaram a ser coadjuvantes de luxo ao lado das debutantes e de jovens noivos. Os álbuns demoravam para serem ampliados e revelados, angustiando as famílias. Porém, um álbum sempre foi motivo para reunião familiar. Quanta gente não se reuniu ao redor de um deles para juntos ver as fotos, após a macarronada de domingo ? Este, aliás, é outro hábito que caiu em desuso.
   Piracicaba teve inúmeros profissionais que defenderam e defendem esta arte, entre os mais contemporâneos que já partiram Isolino Nascimento, Henrique Spavieri, Diógenes Banzatto, Lacorte, Cícero Correa dos Santos... Quantas lojas também nos ajudaram a manter a magia, com suas revelações ? Bischof, Budasom, Cantarelli, Iris Jetcolor, Outsubo...
   Se pegarmos fotos do século 19, notamos que um dos principais adereços dos “retratos” estava um livro, símbolo da sabedoria, ícone de que o retratado era de uma casta privilegiada, pois o ensino ainda não era obrigatório no país, ou seja, acessível a uma pequena minoria. Hoje a máxima pregada no Facebok : “um dos primeiros astronautas ao pisar na Lua tirou com muito custo sete fotos; adolescente foi ao banheiro do shopping e diante do espelho ... tirou 47 fotos fazendo biquinho !”. Não há bastão de selfie que nos salve !  

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Tenente Walter de Castro Garcia


Foto do saudoso Diógenes Banzatto tirada em 1º. de novembro de 1995. Mostra a primeira Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros recebida em Piracicaba. A mesma está diante da guarita da sede dos Bombeiros situada na Avenida Independência, ao lado do Cemitério da Saudade. Na foto, aparecem o sargento Adonias, o cabo Poletto, o tenente Walter Castro e o cabo Campos. A Unidade de Resgate era novidade na região, provinda de uma remodelação feita pelo estado de São Paulo. As URs viraram padrão no pronto atendimento às vitimas de acidentes, sejam domésticos, de trânsito e outros. O tenente Walter de Castro Garcia, que comandava, então, esta unidade do Corpo de Bombeiros, foi promovido ano passado a tenente-coronel e residia em São Paulo. Tristemente, faleceu na última quinta-feira, ao 50 anos de idade, vítima de um infarte fulminante. Pessoa dinâmica, com um carisma latente, deixou saudade pela forma prematura como partiu. (Edson Rontani Júnior)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Bento Dias Gonzaga



Fecha aspas...pelo acendrado amor à Democracia e pelo respeito que nos merece o povo, especialmente as laboriosas classes responsáveis pelo vertiginoso progresso da Nação, ocupamos hoje a tribuna deste augusto Parlamento para tratar de um assunto de profunda gravidade e que precisa ser focalizado com coragem e objetividade.
Vive a Nação momentos de angústias e de incertezas. O suborno, a corrupção e a irresponsabilidade continuam a infeccionar o já combalido organismo do País. Denúncias, as mais graves, desesperam e desiludem uma grande parcela do povo, que, a despeito de tudo, ainda acredita no regime, na Democracia e em seus apologistas. Entretanto, Sr. Presidente, se o Poder Legislativo, que é a representação direta e permanente do povo, no organismo político da Nação, não exercer, diuturnamente, vigilância dos atos dos nossos homens públicos, estará, desgraçadamente, contribuindo para a imediata falência do regime.
São Paulo, o Estado líder da Federação, sofreu também, e até com maior intensidade, do mesmo mal que afetou toda a máquina administrativa e política do País. Homens públicos, altos funcionários do Estado,  políticos  dos  mais  influentes  e das mais  variadas  agremiações  políticas,  servindo-se  dos cargos  que  foram  confiados  pelo  Poder  Executivo  e  pelo povo,  praticaram  as  mais r evoltantes  e  cínicas  negociatas...Fecha aspas
Deputado BENTO DIAS GONZAGA, aos 30 anos, do Partido Social Progressista – PSP
Discurso proferido na 13ª Sessão Ordinária, em 31 de março de 1955

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Esporte Clube Rezende completa 45 anos

O Esporte Clube Rezende completou 45 anos de história no último dia 1° de janeiro e para comemorar a data festiva, a atual diretoria do presidente Vladimir Fernando Baptista reinaugurou o campo de futebol “Estádio Luiz Fustaino, o Fio”, localizado a rua Antonio Ribecco, 100, no bairro Algodoal.
E para que a bola volte a rolar, o Esporte Clube Rezende caprichou na reforma com a cobertura completa do gramado e colocação de 2 mil metros de gramado novo, instalação de novas traves e rede personalizada com as cores do Clube, pintura e reforço na cobertura das arquibancadas.

A restauração completa do Clube contou ainda com instalação de novos bebedouros com água gelada, pintura de alambrados, reforma e pintura dos vestiários, padronização das cores do Clube em toda área externa, pintura dos quiosques, recolocação de grades de proteção na secretaria, instalação de novas lixeiras, reforma e pintura na área dos troféus.








HistóriaEra uma vez um grupo de amigos apaixonados pelo futebol e que faziam parte de um time que atuava no Clube Atlético Piracicabano. A eles foi prometida uma viagem à cidade de Santos, caso a equipe terminasse o campeonato de 1968 entre os três melhores da temporada.
A promessa não foi cumprida e ainda foi exigido que os jogadores assinassem contrato por mais um ano com o clube ou a viagem não seria realizada. O grupo não aceitou a proposta e formou uma nova equipe. A Diretoria do Atlético então cancelou as carteirinhas que davam acesso ao cinema do Clube Atlético Piracicabano, uma das únicas atrações oferecidas na época.
Essa foi a inspiração encontrada pelos jogadores para o nome da equipe: Os Suspensos, que passaram a disputar amistosos e campeonatos amadores.
Com o destaque nas competições veio a necessidade de registrar “Os Suspensos” junto a Liga Piracicabana de Futebol, que por sua vez, exigiu a troca do nome da equipe.
A equipe passou a chamar Esporte Clube Rezende, mas o brasão do clube com um gancho foi criado por Primo Breviglieri para representar aquela situação da suspensão imposta ao grupo de amigos.
Nestes 45 anos de história, o Esporte Clube Rezende ganhou notoriedade com a conquista de inúmeros títulos de futebol e por assumir papel de grande importância para o esporte amador piracicabano.  
Atualmente, além das equipes de futebol (primeiro, segundo e terceiro quadros), o Esporte Clube Rezende conta com Escolinha de Futebol que atende uma média de 130 crianças nas categorias Sub-9, Sub-10, Sub-11, Sub-12, Sub-13, Sub-14, Sub-15, Sub-16 e Sub-17 com atuações nos principais campeonatos de futebol e futsal de Piracicaba e região.
Com a parceria através da Selam, Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Atividades Motoras de Piracicaba, o Esporte Clube Rezende mantém atividades com Atletismo e Terceira Idade, somando-se ao voleibol masculino e misto e futsal feminino.