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sábado, 28 de janeiro de 2017

Antônio Carlos de Arruda Botelho


   Antônio Carlos de Arruda Botelho (1827 – 1901) foi presidente da Assembléia Provincial de São Paulo: 1882/1884

   Nasceu em Piracicaba, então Vila de Constituição, São Paulo, em 23 de agosto de 1827.
   
   Fazendeiro, formado em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco (1857), fundou a cidade de São Carlos, onde foi Comissário de Política e Vereador à Câmara.

   Deputado Provincial por sete legislaturas (1864/65, 1866/67, 1868/69, 1880/81, 1882/83, 1884/85 e 1886/8787). Foi Presidente da Assembléia Legislativa Provincial por dois anos consecutivos, de 17 de janeiro de 1882 a 16 de janeiro de 1884.

   Após a proclamação da República, foi eleito Deputado Constituinte (1891) e Senador Estadual (1891/92).

   Criou a Comissão Geográfica e Geológica de São Paulo. Foi construtor e superintendente da Estrada de Ferro de Rio Claro, fundou os bancos União de São Carlos e o de São Paulo, e a companhia agrícola de Ribeirão Preto, composta por cinco fazendas com mais de 2 milhões de pés de café.

   Recebeu o título de Barão e posteriormente, Visconde do Pinhal.

   Morreu em São Carlos, em 11 de março de 1901.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Adhemar de Barros


Adhemar de Barros caricaturado por Belmonte em 1941.

   Nascido em Piracicaba no dia 22 de abril de 1901, Adhemar Pereira de Barros era filho de Antônio Emídio de Barros e de Elisa Pereira de Barros. Formou-se na Faculdade Nacional de Medicina do Rio de Janeiro em 1923 e, no ano seguinte, começou a residência médica na Faculdade de Medicina da Universidade de Berlim.
   Na Europa também fez cursos de pilotagem, recebendo o brevet de piloto civil. De volta ao Brasil em 1927, casou-se com Leonor Mendes de Barros, com quem teve quatro filhos.

sábado, 21 de janeiro de 2017

José Ângelo Gaiarsa fala sobre a TV e a criança



Entrevista com José Angelo Gaiarsa feita em 1989 por alunos de comunicação social da Unimep, Piracicaba, na qual ele fala sobre a influência da tv sobre as crianças.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

O falso glamour do cigarro no cinema

* Edson Rontani Júnior – jornalista e cinéfilo


   Com a telona, ele teve um romance secular. O cigarro e o cinema foram o par perfeito para o merchandising. Teve penetração mundial e só dividiu espaço, a partir dos anos 40, com a televisão. Por mais algumas décadas, esse romance caminhou a passos largos. Foi, então, que a consciência do homem doeu e a separação tornou-se inevitável.

   A lei anti-fumo, em vigor no estado de São Paulo faz recordar o quanto unidos estiveram o cinema e o cigarro. Desde seus primórdios, o cinema já utilizava o fumo como artefato de glamour, já associava o ato de fumar à celebridade, à fama e ao dinheiro. As principais estrelas do cinema apareciam em fotos sempre segurando um cigarro ou charuto. Algumas com longas piteiras para ficar mais chique. Cachimbo foi pouco explorado, tendo em Basil Hathbone, na série “Sherlock Holmes” seu expoente máximo.



   No cinema em preto e branco a fumaça exalada numa sala fechada criava uma aura mágica aos olhos do espectador sentado no escuro do cinema. O cine noir, aquele estilo clássico nos anos 40 e 50, era feito em preto e branco no qual mocinhos e bandidos empunhavam, além de armas, o cigarro (o qual também não deixa de ser uma arma).

   Aliás, o filme que inaugurou o estilo noir, “Relíquia Macabra” (ou “Falcão Maltês”, duas traduções recebidas no Brasil), escrita em 1930 por Dashiel Hammet, foi o ícone do mocinho fumante. Humphrey Bogart, no papel de Sam Spade, empunhava um cigarro atrás do outro. John Huston neste filme rodado em 1941 conseguiu unir a escuridão necessária para o cine noir com baforadas brancas que geravam um contraste interessante. Spade gostava da marca Lucky Strike, perpetuada depois em série para a televisão que levava o seu nome e mostrava o mundo do suspense.



   Um ano depois, no drama “Estranha Passageira” (Now, Voyager) temos o mais clássico exercício do fumo associado à virilidade masculina e à meiguice feminina. Quase ao final do filme, ao som da trilha do mestre Max Steiner, Paul Henreid acende de uma só vez dois cigarros. Fica com um em sua boca e coloca o outro nos lábios de Bette Davis. “Não vamos pedir a lua. Nós temos as estrelas”, diz Henreid. Cinéfilos de todo canto do mundo cultuam essa cena, mesmo sabendo do perigo que o cigarro sempre representou.


   No cinema, na tela, no set, nos bastidores, nos encontros sociais ... No clássico “Casablanca”, 75% de suas cenas possuíam alguém com um cigarro na mão, um charuto na boca ou um narguilé na mesa. E isso mexia com o consciente coletivo. Foi a associação de um símbolo ao status, que dava força ao oprimido, unia corações e celebrava uma glória. Nos anos 90, a indústria cinematográfica fez acordo com os órgãos de saúde, principalmente nos Estados Unidos, com o objetivo de diminuir a exposição do fumo na telona. Isso é praticado até hoje. Mas por outro lado, foi necessária uma compensação. Ou não ? Vemos hoje nas produções de Hollywood grifes e mais grifes, seja de relógio, bebidas, roupas, carros, celulares e notebooks. Não é verdade ? O consumismo está mais que ativo !



   O jornal inglês The Lancet publicou, em 2003, pesquisa dizendo que o fumo nos filmes é responsável por cerca de 52% da iniciação ao tabagismo entre jovens de 10 a 14 anos. Lembremos que hoje os filmes feitos para o cinema vão para a TV e estão disponíveis em locadoras ou via streaming para qualquer faixa etária expondo essa incitação a qualquer público, seja infantil, adolescente ou adulto.

   “Obrigado por fumar”, do diretor Jason Reitman feito em 2006, mostra a manipulação do merchandising pelo interesse da venda. Os interesses de um país são corrompidos pela indústria tabaqueira que consegue mudar a opinião de senadores prestes a votar uma lei banindo o fumo. Dá para se pensar no que acontece ...



   Da televisão, os cigarros já sumiram. Nas disputas de Fórmula Um também. A lei estadual quer isso. Quer economizar dinheiro com os tratamentos necessários para a recuperação de um fumante e suas consequências. Busca também criar conscientização para que vigiemos nossos amigos e quem é fumante passivo não tenha que enfrentar as baforadas daquele que é fumante ativo. Em breve chegaremos numa época em que a fumaça de um cigarro nada mais será que um efeito especial criado por computador.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Deputado Estadual Cyro Albuquerque

   Cyro Albuquerque (1919 – 1992) foi deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. Teve passagem por Piracicaba quando estudou na ESALQ/USP.
   Esteve na presidência da Assembléia Legislativa de São Paulo de 1963 a 1965. Paulista de Brotas, nasceu no dia 20 de março de 1919.
   Formou-se engenheiro agrônomo na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, de Piracicaba (SP). Como profissional da área agrícola, atuou em Itapeva e Itapetininga.
   Iniciou a vida pública elegendo-se Prefeito Municipal de Itapetininga (1951/54). Deputado Estadual à 3ª Legislatura (1955/59), pelo Partido Social Progressista (PSP), reelegeu-se por mais dois  mandatos consecutivos (1959/63 e 1963/67).
   Assumiu a Presidência da Assembléia Legislativa por dois mandatos, de 12 de março de 1963 a 12 de março de 1965.
   Exerceu diversos cargos no Executivo: Secretário de Estado do Trabalho e Administração no governo de Roberto Costa de Abreu Sodré (1967/68), Secretário de Estado de Esporte e Turismo na gestão de Laudo Natel (197 1/75) e Superintendente do Fundo de Melhoria das Estâncias (Fumest - 1969/71).
   Faleceu em São Paulo, em 18 de dezembro de 1992.


Obra de Luiz A. Fiore
Óleo sobre tela , 50 x 60 cm
(sem data)

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Deputado Estadual Vanderlei Macris

   O deputado Vanderlei Macris (1950- ) teve passagem por Piracicaba. Foi presidente da Assembléia Legislativa de São Paulo: 1999 /2001. Paulista de Americana, nasceu em 20 de maio de 1950.
  Formou-se em Direito pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep - 1974).
 Foi Vereador à Câmara Municipal de Americana (1973 e 1975) e, posteriormente, elegeu-se Deputado Estadual por sete legislaturas (1975/79, 1979/83, 1983/87, 1987/91, 1995/99, 1999/03 e 2003/07).
   Assumiu a 1ª Secretaria (1983/85), foi Deputado Constituinte Estadual (1989) e Presidente da Assembléia Legislativa de 15 de março de 1999 a 15 de março de 2001.
   Fundador e membro do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), foi líder do Governo e do PSDB (1997 /98 ).


Obra de Marcus Cláudio
Óleo sobre tela , 50 x 60 cm (2002)

domingo, 8 de janeiro de 2017

Centenário de Romeu Ítalo Ripoli



Em sua camiseta para a temporada 2016 na Série A-2 do Futebol Paulista, o E. C. XV de Novembro homenageará seu ex-presidente Romeu Ítalo Ripoli.

Engenheiro agrônomo, Romeu Ítalo Rípoli sempre foi muito ligado ao esporte piracicabano, tendo papel de destaque na presidência da Liga Piracicabana de Futebol, entre 1938 e 1940, e depois como presidente e diretor da A. A. A. Luiz de Queiroz, quando o time do “A Encarnado” ganhou o tricampeonato da cidade, nos anos de 1941, 42 e 43. Antes mesmo de assumir o cargo máximo no XV, Rípoli foi importante após a conquista da “Lei do Acesso” ao prestar relevantes serviços ajudando a Prefeitura Municipal a colocar o Estádio da Rua Regente Feijó em condições de receber a visita dos times da Primeira Divisão.

Seu trabalho como presidente do alvinegro foi realizado com afinco nos seguintes períodos: de 16 de abril de 1959 a 31 de dezembro do mesmo ano; de 1º de janeiro de 1962 a 14 de setembro de 1964; e de 1º de janeiro de 1974 a 28 de outubro de 1983. Neste intervalo de tempo, entre outras façanhas, o Nhô Quim foi vice-campeão paulista da primeira divisão em 1976 e excursionou pela Europa, em 1964, com partidas disputadas na então União Soviética, Alemanha Oriental, Alemanha Ocidental, Polônia, Dinamarca e Suécia. Foram 20 jogos no total, com cinco vitórias, cinco empates e dez derrotas.

Ao longo dos anos, Rípoli recebeu dos sócios conselheiros do clube as honrarias de sócio honorário, benemérito, presidente benemérito e grande benemérito. O ex-mandatário faleceu aos 67 anos no dia 28 de outubro de 1983, ano em que o XV foi campeão paulista da segunda divisão e retornou à elite do futebol paulista, grande vontade do ex-dirigente. Segundo publicado na obra “A história do XV – 43 anos de futebol profissional – II parte – 1947-1990” do ex-jornalista e historiador Rocha Netto, “Rípoli sempre foi um homem discutido, irriquieto, revolucionário, mas tinha a cabeça no lugar e lutava com todas suas forças pelo bem do alvinegro”.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Deputado Estadual Shisuto José Muraiama


   Shisuto José Muraiama foi deputado estadual por São Paulo. Nasceu em 20 de maio de 1915 em Araraquara (S.P.) de uma família vinda do Japão ao Brasil em 1909. Como seus irmãos, desde muito jovem ele ajudou seus pais trabalhando na lavoura. No entanto, seus familiares contam que os pais, ao desistirem do sonho de regressar ao Japão, decidiram que Shisuto deveria estudar e conquistar uma vida melhor. Desse modo, honraria o esforço e o sacrifício dos demais. Todos então continuaram a trabalhar e a promover os seus estudos.

   Quando completou o ensino primário, a família mudou-se para Barão Geraldo, Campinas − uma das poucas cidades de São Paulo em que havia escola pública secundária −, e lá ele ingressou no Colégio Culto à Ciência. Concluído o ensino secundário, Muraiama cursou até o 2.º ano da Faculdade Paulista de Medicina. Depois, ingressou na Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (ESALQ), em Piracicaba, e formou-se engenheiro na turma de 1942, sendo admitido no Instituto Agronômico de Campinas (IAC), iniciando carreira de técnico e pesquisador.

   Em 1946, casou-se com Cecília de Almeida Leite. Faleceu em 1994.