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segunda-feira, 29 de junho de 2020

Fotos históricas de Piracicaba na net

segunda-feira, 22 de junho de 2020

A Ponte Irmãos Rebouças

A Ponte do Mirante ou Ponte Irmãos Rebouças foi construída há 145 anos atrás. Conheça um pouco mais sobre esta história da primeira ponte de concreto armado do Brasil. 

domingo, 14 de junho de 2020

Ponte Irmãos Rebouças


Edson Rontani Júnior, jornalista

O rio Piracicaba sempre foi um “divisor de águas” para a cidade. De um lado o Centro e do outro a Vila Rezende. Foi a partir dele que outros bairros surgiram e a cidade teve sua expansão urbana. Porém, a união entre ambos os lados sempre foi um desafio ao piracicabano. Isso deixou de ser preocupação há 145 anos, quando foi concluída a ponte em frente ao Mirante com o objetivo comercial de ligar uma linha férrea de Piracicaba a Limeira.
A “Ponte do Mirante” foi concluída em 15 de maio de 1875, sendo a primeira ponte de concreto armado do país. Antes o tráfego era feito numa ponte situada nas proximidades, porém, construída em madeira, necessitando de reparos constantes devido à vazão do rio.
A obra foi concebida pelos Irmãos Rebouças, por isso, a denominação oficial de “Ponte Irmãos Rebouças”, segundo lei 3.399 de 27 de fevereiro de 1992, assinada pelo prefeito José Machado. Antonio Pereira Rebouças Filho (1839-1874) e André Pinto Rebouças (1838-1898) eram negros, numa época em que vigorava a escravidão no Brasil.
São considerados desbravadores pois venceram o preconceito que a sociedade tinha em relação aos negros, aos escravos e aos seus descendentes. Naturais da Bahia, eram filhos de negros livres. Para se ter noção, o censo de então distinguia a população local composta de 8 mil habitantes e 5.400 escravos.
Os irmãos formaram-se em engenharia pela Escola Central Militar do Rio de Janeiro. Foram a Londres e Paris onde aprofundaram estudos sobre ferrovias e portos. André deixou importantes obras pelo Brasil, em especial no abastecimento e docas do porto do Rio de Janeiro.


Os irmãos Rebouças foram contratados pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro, sendo Antonio seu diretor técnico. A obra é concluída em 1875 mas sua utilização para o transporte férreo ocorre apenas dois anos depois uma vez que a Paulista desiste de explorar a linha. Foi o tempo que ajudou a unir a Companhia Ytuana de Estradas de Ferro e a Companhia União Sorocabana, esta, aliás, já explorava a estação de trem no Centro de Piracicaba, onde situa-se na atualidade o Terminal Central de Integração.
A obra inicialmente contou com a supervisão de Walter John Hammond contratado pela Paulista, o qual solicitou à uma empresa britânica a tecnologia para sua construção, através de projeto criado por Antonio Rebouças em 1874. Foi Antonio quem definiu tipos de trilho, locomotivas, vagões e carros de passageiro que poderiam passar pela ponte. A Ponte Irmãos Rebouças é considerada uma obra de arte pela engenharia. Rebouças desenhou sozinho o projeto da ponte, encaminhando-o a Londres para confecção do material a ser utilizado para sua construção.  



O material era todo importado: rodantes, locomotivas, trilhos, máquinas e acessórios para oficinas de reparo e manutenção. Antonio Rebouças não viu a finalização das obras. Faleceu aos 34 anos por complicações da malária.
Depois delas, vieram outras pontes: Caio Tabajara Esteves de Lima (ao lado da Ponte Rebouças), Walter Radamés Accorsi e José Antonio de Souza - Zé do Prato (ao lado do Shopping Center), Ponte ou Passarela Pênsil José Dias Nunes - Tião Carreiro, Ponte ou Passarela Estaiada Aninoel Dias Pacheco, Ponte José Luiz Guidotti e Pedro Francisco Prudente (conhecidas como Ponte do Morato), Ponte Romeu Pinazzi (Ponte do Caixão), Ponte de Santa Terezinha, pontes sobre o Ribeirão Piracicamirim, pontes sobre o Córrego do Itapeva (que hoje não existem mais), Ponte de Ferro Joaquim Nunes (Artemis) e tantas outras que encurtaram as distâncias na cidade.
Fotos não muito recentes mostram trens circulando pela Ponte Rebouças, no sentido Armando Salles-Juscelino Kubitscheck. O trem, antes, passava pela Curva do S, próximo ao Estádio Roberto Gomes Pedrosa, e, quando havia partidas de futebol, o maquinista tocava o apito e, diz a lenda, o XV de Novembro sempre marcava um gol após esta atitude. Bendito seja esse maquinista !



sexta-feira, 12 de junho de 2020

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Romeu Ítalo Ripoli

Trecho do filme "Nhô Quim - Caipira Centenário", no qual se fala sobre Ripoli, presidente do alvinegro de Piracicaba.

terça-feira, 2 de junho de 2020