* Edson Rontani Júnior,
jornalista
Semana passada, após a publicação
do artigo “Dr. Lobão e seus caninos”, uma grande repercussão houve com relação
ao tema. Queria aqui deixar registrado o papel deste importante médico
veterinário.
Antonio de Oliveira Lobão nasceu
em Minas Gerais na cidade de São João Nepomuceno, no dia 5 de agosto de 1934.
Trabalhou no Instituto de Zootecnia de Nova Odessa e no Cena em Piracicaba.
Dr. Lobão possuía carisma com a pesquisa
científica, por isso, estudou muito durante sua vida. Formou-se em medicina
veterinária em 1959 pela Universidade Federal de Minas Gerais. Veio a
Piracicaba para concluir seu mestrado na Escola Superior de Agricultura Luiz de
Queiroz (ESALQ/USP). Casou-se em seguida, no ano de 1960, com Vera Maria de
Azevedo Lobão, com quem teve quatro filhos.
Chefiou a divisão de Ciências
Animais do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, também na USP além de ser
pesquisador científico da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado
de São Paulo.
Atuou por 37 anos como alopata.
Aos 62 anos tornou-se homeopata, ocasião em que lhe conheci ao levar um dos
cães da família.
O dr. Lobão abriu uma clínica
para cuidar dos animais domésticos, como forma de ocupar o tempo e ainda
oferecer serviços à sociedade após sua aposentadoria.
Aqui cabe reprodução de belaz
palavras publicadas no “Jornal Alternativo On Line” (www.jalternativo.com.br) :
“Vivenciava diariamente um drama
terrível que já o atormentava por muito tempo: sintomas, nos animais de
estimação, que não tinham explicação clínica ou laboratorial e radiológica,
como as convulsões diárias e constantes, as lambeduras com mutilação de parte
do próprio corpo, os vômitos persistentes, as diarréias, as febres, os cálculos
vesicais, as ansiedades, os pruridos, o medo intenso de fogos de artifícios e
de tempestades, as tosses…;
Estudava mais, buscando como
ajudar seus inocentes pacientes, testava todos os medicamentos e nada! Seus
pacientes olhavam para ele e pareciam querer dizer ‘…você está errado… pesquise
mais… eu não durmo… estou infeliz… estou mal… estou morrendo e você não resolve
meu problema…’”.
Para isso criou o CESAHO (Centro
de Estudos Avançados em Homeopatia), mantido em Piracicaba por um de seus
filhos, também médico veterinário. Através desta sementinha colocada no ensino
científico, Lobão teve sucesso na recuperação da visão de pessoas acometidas
por toxoplasmose. Seu trabalho ainda tem continuidade através de profissionais
médicos, veterinários e agrônomos. Faleceu em 11 de outubro de 2011, em Piracicaba,
SP, aos 77 anos. Que esteja amparado no céu por animais aos quais dedicou-se em
salvar.
* Artigo publicado em "A Tribuna Piracicabana" de 08 de abril de 2013.
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