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quinta-feira, 9 de maio de 2013

Dr. Lobão



* Edson Rontani Júnior, jornalista

Semana passada, após a publicação do artigo “Dr. Lobão e seus caninos”, uma grande repercussão houve com relação ao tema. Queria aqui deixar registrado o papel deste importante médico veterinário.
Antonio de Oliveira Lobão nasceu em Minas Gerais na cidade de São João Nepomuceno, no dia 5 de agosto de 1934. Trabalhou no Instituto de Zootecnia de Nova Odessa e no Cena em Piracicaba.
Dr. Lobão possuía carisma com a pesquisa científica, por isso, estudou muito durante sua vida. Formou-se em medicina veterinária em 1959 pela Universidade Federal de Minas Gerais. Veio a Piracicaba para concluir seu mestrado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP). Casou-se em seguida, no ano de 1960, com Vera Maria de Azevedo Lobão, com quem teve quatro filhos.
Chefiou a divisão de Ciências Animais do Centro de Energia Nuclear na Agricultura, também na USP além de ser pesquisador científico da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Atuou por 37 anos como alopata. Aos 62 anos tornou-se homeopata, ocasião em que lhe conheci ao levar um dos cães da família.
O dr. Lobão abriu uma clínica para cuidar dos animais domésticos, como forma de ocupar o tempo e ainda oferecer serviços à sociedade após sua aposentadoria.
Aqui cabe reprodução de belaz palavras publicadas no “Jornal Alternativo On Line” (www.jalternativo.com.br) :
“Vivenciava diariamente um drama terrível que já o atormentava por muito tempo: sintomas, nos animais de estimação, que não tinham explicação clínica ou laboratorial e radiológica, como as convulsões diárias e constantes, as lambeduras com mutilação de parte do próprio corpo, os vômitos persistentes, as diarréias, as febres, os cálculos vesicais, as ansiedades, os pruridos, o medo intenso de fogos de artifícios e de tempestades, as tosses…;
Estudava mais, buscando como ajudar seus inocentes pacientes, testava todos os medicamentos e nada! Seus pacientes olhavam para ele e pareciam querer dizer ‘…você está errado… pesquise mais… eu não durmo… estou infeliz… estou mal… estou morrendo e você não resolve meu problema…’”.
Para isso criou o CESAHO (Centro de Estudos Avançados em Homeopatia), mantido em Piracicaba por um de seus filhos, também médico veterinário. Através desta sementinha colocada no ensino científico, Lobão teve sucesso na recuperação da visão de pessoas acometidas por toxoplasmose. Seu trabalho ainda tem continuidade através de profissionais médicos, veterinários e agrônomos. Faleceu em 11 de outubro de 2011, em Piracicaba, SP, aos 77 anos. Que esteja amparado no céu por animais aos quais dedicou-se em salvar.

* Artigo publicado em "A Tribuna Piracicabana" de 08 de abril de 2013.

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