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segunda-feira, 30 de julho de 2012

Portalarga


24 de agosto de 1993. A tradicional PORTALARGA, da família Maluf, completava 72 anos de fundação. Em comemoração, o artista plástico Edson Rontani fez a homenagem acima publicada em 24 de agosto de 1993 pelo "Jornal de Piracicaba". A arte original foi doada à família Maluf. A digitalização e colorização só foi possível devido à página do JP, a qual foi escaneada e tratada. A Portalarga, que ainda existe, e funciona na rua Santo Antonio, em frente à Churrascaria Monte Sul, por décadas esteve instalada no prédio que abriga o Torra Torra, no cruzamento da rua Governador Pedro de Toledo com a rua Moraes Barros. Foi alugada após a morte de seu proprietário Salim Phelippe Maluf.

4 comentários:

Ivana Negri disse...

Tradicional lugar de compras das famílias piracicabanas, era chique frequentar seus elegantes recintos. Receber um mimo com a etiqueta da loja era sinal de bom gosto, sinônimo de coisa boa e durável e valorizava o presente.
Cresci acompanhando minha mãe, tia e irmãs, nas andanças pela rua Governador. E era parada obrigatória a grande loja de departamentos na esquina nobre da rua central de comércio com a Moraes Barros.
As funcionárias eram sempre amáveis e sabiam exatamente o gosto de cada freguês. Permaneciam na loja até a aposentadoria, quando então eram homenageadas com pompa e festas. Era como uma grande família.
No auge dos anos dourados, as “Garotas Encanto” iam suas mães, avós, tias e madrinhas, comprar os trajes para os glamurosos bailes. Era lá que adquiriam os suéteres para o famoso “Baile do Suéter”. Foi um tempo de esplendor e encantamento, de alegria inocente e sadia dos grande bailes do Clube “Coronel Barbosa”.
As noivas, sempre acompanhadas das mães e avós, adquiriam o enxoval na “Porta Larga”. Desde as camisolas sensuais, lingeries, as pantufas de quarto, toalhas, jogos de lençóis, colchas, tudo era escolhido com esmero. E pagava-se em várias prestações nos carnês que só eram quitados bem depois do casamento.
E quando a cegonha dava o ar de sua graça, voltava-se para comprar os bercinhos, carrinhos, fraldas, cueiros e mamadeiras, tudo com a etiqueta da “Porta Larga”.
Gerações inteiras passaram por aquelas amplas portas. Batizados, festas de quinze anos, bodas, aniversários, tudo era motivo para dar uma passadinha na loja.
A “Porta Larga” ficará para sempre na lembrança dos que a frequentaram, na amizade dos ex-funcionários, sempre tão gentis, e na admiração de todos nós pela saga dessa família que soube inovar, e certamente, sua história já faz parte dos anais da história de Piracicaba.

Edson Rontani Júnior disse...

Ivana
Muito importante seu comentário. Viajei no tempo agora. A Porta Larga foi um dos patrimônios importantes de Piracicaba no século passado. Obrigado pela contribuição por seu comentário !

Armed disse...

Olá, em um livro de memórias, um tio-avô meu já falecido cita a loja A Porta Larga em Manaus (AM) por volta da década de 40. Alguém poderia me dizer se havia a expansão dessa loja para outros locais do país? Não encontrei nenhuma menção à existência de uma loja A Porta Larga em Manaus.

Edson Rontani Júnior disse...

Armed só se for da mesma família. Não sabemos da existência em outras cidades.